Ao contrário do mercado financeiro que terá um longo dia para contar a história, no das commodities agrícolas negociadas em Chicago a sexta-feira (8) vai valer mesmo só para segunda-feira.
O indicador do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll) sai praticamente junto com a abertura das bolsas de valores e o sentimento de como poderá influenciar o Federal Reserve (Fed) quanto ao futuro das taxas de juros terá muito tempo de jogo.
Já o relatório do balanço de oferta e demanda (WASDE, do inglês) sobre a soja, o milho e o trigo de dezembro sai, em Washington, às 14 horas de Brasília e com 2h30 até o fechamento da Chicago Board of Trade (CBOT).
A agitação e as repercussões, mesmo com alguma boa mexida que só os fundos darão, só servirão para o trade físico da segunda. Inclusive a régua de hoje dos investidores institucionais pode mudar.
A China, que estará dormindo durante a divulgação do USDA, vai trabalhar diferente e os mercados domésticos terão que absorver os números, e, assim, Chicago começa um novo capítulo.
Para a soja, principalmente, o quadro será mais determinante, dadas as condições da safra brasileira em perigo, mas até agora só visto por algumas consultorias e produtores locais.
Nem a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ajudou, após relatório da quinta com um corte da oferta tímido, para pouco mais de 161 milhões de toneladas.
Quanto ao USDA, não se recomenda radicalização, mesmo com a inclemência do calor e seca no Brasil Central comendo a produtividade e indicando replantio, ou abandono em alguns casos, sob produtividade comprometida.
Já foi assim em outras situações, no seu modo conservador – salvo (sempre há uma porta de saída) uma surpresa sem tamanho que fique mais próxima das 155 milhões de toneladas que pode ser uma média sendo vista pelos brasileiros.
Vida que segue.