🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Giro das Commodities: Satélites e USDA contarão outra história do milho

Publicado 23.01.2024, 09:59
ZS
-
ZC
-
B3SA3
-
SLCE3
-
ETHc1
-

Se o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) interpreta corretamente ou não os dados dos satélites – ou tendenciosamente, como querem muitos produtores brasileiros -, é outra história.

O que conta, afinal, para os mercados de grãos, é o que o órgão vê e divulga.

Assim sendo, tem o milho pela frente. Chicago vai esperando o plantio de inverno no Brasil passar sob as lentes dos satélites para o USDA começar a influir na precificação.

Isso deve acontecer a partir de fevereiro, mas, mais principalmente, a partir de março.

O que dizem agora, abaixo do Equador, em relação à diminuição de área, queda de produtividade e volumes menores, não se reflete em um cent de dólar.

Como, aliás, ocorre com a soja. De 15 a 20 milhões de toneladas a menos que preveem aqui, não se sobrepõem às 157 milhões de toneladas que o WASDE deste mês deu. E os preços negociados na bolsa de mercadorias de futuros de Chicago não reagem.
Porém, há uma boa chance de que com o milho o USDA vá ‘acertar’. Com a soja, a decisão de plantio já estava feita às vésperas da (anunciada) crise climática.

Para o cereal, sobretudo o de inverno, apelidado de safrinha, houve – está havendo – mais tempo para a decisão, ne medida em que se plantando fora da janela ideal (março andando), a perda de produtividade é batata.

Embora começa a surgir alguma dúvida quanto àqueles que teriam desistido do milho - no todo ou em parte - já que a soja está saindo mais cedo (o clima errático alterou o fisiologismo) e o clima está chuvoso no Centro-Oeste, dificilmente haverá uma reversão do quadro que indique a ‘volta’ do grão.

Não fosse apenas pela eterna desconfiança do USDA, que se internalizou definitivamente, os preços estão ruins também.

Tem muito milho dos Estados Unidos, da safra gorda passada, no mercado, e da safra gorda brasileira 22/23 também. A expectativa de demanda não mostra nada de mais, mesmo que aqui no Brasil se vislumbre um consumo maior de etanol dessa biomassa com novas biodestilarias na praça.

PROMOÇÃO DO INVESTINGPRO: Tenha 10% de desconto adicional na promoção de Ano Novo, que já possui preços até 50% OFF. Use o cupom "INVESTIR" para o plano Pro+ anual ou “investirmelhor1” para o plano Pro+ 2 anos. Apenas até 31 de janeiro!

Há perspectiva de que os Estados Unidos sigam com nova grande safra no verão deles, como também os chineses.

Antes do frigir dos ovos, portanto, já se sabe que grandes, médios e milhares de pequenos vão reduzir suas plantações. De uma SLC Agrícola (SLCE3 (BVMF:SLCE3)), que já avisou que plantará mais algodão, isso ainda antes do final de ano chuvoso terminar, à uma família Nardelli, do Paraná, que anunciou que sairia do cereal depois de 30 anos.

Além de preços baixos e custos mais elevados, que o consultor Vlamir Brandalizze estima em R$ 80 o pacote para compensar a saca – preço que está longe disso (R$ 64 na B3 (BVMF:B3SA3)) -, tem a soja que não está se pagando também. A descapitalização vai em cascata.
Brandalizze estima 90 milhões de toneladas do safrinha; era de 100. O milho de verão, que conta pouco nos preços, ficaria em 25 milhões, em colheita que já pega os 10%, ante umas certa 26,5 milhões de toneladas.

Até as últimas projeções, noves fora as 129 milhões de toneladas no geral, a área cairia para de 20 a 21 milhões de hectares, enquanto no Mato Grosso, o campeão de sempre, seria reduzida em 4% aproximadamente, para 7 e poucos milhões de hectares.
Nesse estado, seguindo Imea, resultaria em quebra de 2,5% na produção, para 43,7 milhões de toneladas.

Mas o tempo está jogando contra, daí que esses números podem ser menores, e, talvez, os satélites captem o tamanho de área e as lentes mostrem o rendimento real.

Se isso, a rigor, vai acabar dando preços melhores no segundo semestre, como dizem por aqui, é outra história.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.