Com poucas novidades para a maioria das commodities agrícolas, que entraram num período de ‘espera’ enquanto dados reais de oferta ainda estão sendo processados pelos traders, a sexta (5) deve ficar mais à mercê do mercado cambial.
Mercadinho, pode-se dizer, porque não se espera muita movimentação, mesmo que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informe vendas semanais abaixo ou acima das expectativas.
De um lado, porque as informações sobre os empregos nos Estados Unidos, o Payroll, do Departamento do Trabalho, que deverá ditar o andamento do dólar no mundo e no Brasil, sairá às 8h30 de Washington.
Até que se absorva os resultados e o impacto no cenário cambial, Chicago e Nova York estarão já perto do fechamento.
E até por ser uma sexta-feira, os negociantes de derivativos vão deixar para segunda-feira, especialmente se sair fora da curva a criação de vagas no mercado de trabalho americano – muito abaixo ou muito acima das 170 mil estimadas para dezembro.
Melhor deixar a poeira baixar para sentir a temperatura da narrativa do Federal Reserve (Fed) quanto os futuro dos juros.
O dólar DXY (index) está subindo, aliás como vem em algumas sessões – à exceção do ajuste marginal da quinta-feira -, e deixa os compradores de grãos fora do balcão.
A China, por exemplo, saiu das compras, tanto quanto também aguarda a soja cair mais, ante esperanças de alguma melhora nos campos brasileiros, com as chuvas, e a certeza de que a temporada na Argentina será boa.
Para o café e o açúcar, o fator cambial no Brasil adiciona outro parâmetro. À média de R$ 4,90 por US$ 1, não ajuda muito o interesse dos exportadores.
O grão está num momento ‘de lado’, aguardando dados mais consolidados de perdas com a seca e calor versus o cenário atual de chuvas mais presentes no Cinturão Cafeeiro.
Já para o açúcar, há o cruzamento dos contratos futuros para que os produtores façam suas fixações externas da safra 24/25, uma vez que praticamente não há mais açúcar da safra atual.