O que BRF (BVMF:BRFS3), Minerva (BVMF:BEEF3), Marfrig (BVMF:MRFG3) e JBS (BVMF:JBSS3), e seus pares menores, devem esperar para os preços dos animais que virarão carnes já começa a despontar no horizonte de 2024.
Para os consumidores também.
A comida para bois, aves e suínos estará mais cara, considerando aqui, no caso dos bovinos, a engorda em confinamento ou no semi, da onde vem a maior parte da proteína exportada que acaba influindo naquela que aqui fica.
Por ora, é mais o milho que reacende as atenções. Cotações devem subir, como já está nos R$ 77 a saca na B3 (BVMF:B3SA3 (BVMF:B3SA3)) nos vencimentos mais longos.
Com esse rolo todo da soja, com plantio atrasado e replantio se realinhando aqui e ali, o milho de inverno avançará fora da janela que garante produtividade – sempre que o clima ajude.
Plantar com março avançando também é alvo de desistências de produtores. O mesmo ocorrendo, em algumas regiões agora com a soja, que também vai perdendo potencial.
Diante de 102 a 103 milhões de toneladas do cereal esperado para a safrinha de inverno, o teto desceu para 92 milhões, acredita Vlamir Brandalizze, entre outros consultores. O milho de verão, onde o forte é o Paraná, está mantido em 25 milhões de toneladas, mas pouco baliza preços.
Com mais alguns dias de tempo quente e seco prometidos neste fim de ano, mais vai aparando as projeções.
O potencial da soja influir na elevação do custo das rações também é alto, mas ainda é meio que deixado de lado na medida em que o tamanho do corte de produção brasileira não aparece claramente.
Como a demanda vai absorver é um ponto de interrogação, mais ainda para a carne mais cara, a de boi.
E como também esse viés de custo mais valorizado para o pecuarista vai neutralizar outro ano, 2024, de maior oferta (outra onda de fêmeas no gancho), como se observa entre as análises, como a Yago Travagini, da Agrifatto, é outra interrogação.
Mas que vai subir, da originação à gôndolo, vai.