Clima melhora no mundo, de uma forma estranha
O Canadá finalmente concedeu uma liminar para soltar a executiva da Huawei, gigante chinesa, frente ao pagamento de fiança.
Donald Trump assumiu que, se fosse impactar em um bom acordo comercial entre China e EUA, ele poderia interferir no caso. O que é o mesmo que dizer que todo esse circo teve seus dedos da mão e do pé envolvidos, para entrar como mais um argumento de negociação.
Não só Meng foi solta, como a China anunciou também redução das tarifas de importação de automóvel de 40 para 15 por cento.
O que isso deixa de ensinamento é que Trump é um completo maluco psicopata. E que as negociações comerciais no século 21 entre os países desenvolvidos envolvem dedo no olho e chute nos membros de baixo.
O mundo é maravilhoso!
Se China e EUA serão amiguinhos, o mercado pode melhorar
Se depois de puxarem as perucas um do outro e chamarem de bobo, eles acabaram resolvendo seu embate comercial, e sinalizam um passo mais forte na direção de um acordo, o mercado global já pode voltar a subir.
Analistas grafistas dizem que a bolsa americana chegou em um ponto muito importante em torno do 2600, e agora estaríamos prontos para uma melhora.
Enquanto isso, na Inglaterra, Theresa May terá que sobreviver a um voto de confiança do parlamento inglês, e as votações do Brexit.
Vamos ver se a alta de 1 por cento das bolsas mundiais de hoje será sustentável ao longo da semana. Certamente essa pode ser uma grande notícia para o mercado local, que patina bastante nos últimos dias em função do externo.
O próprio real já quase chegou na casa dos 4 novamente, estimulando inclusive a atuação do Banco Central para reduzir volatilidade e injetar liquidez.
Notícias boas serão muito bem-vindas para nossa moeda e bolsa.
Gestores de fundos rezam para 2018 acabar logo
No meio desse turbilhão mundial, a nossa consciente e prudente Câmara aprovou a extensão do desconto de 75 por cento em impostos para empresas atuantes na Sudam, Sudene e Sudeco até 2023.
A renuncia fiscal terá um impacto estimado em 9,3 bilhões para os cofres públicos, mais conhecidos como nossos próprios bolsos.
Apesar das notícias de hoje dizerem que o novo governo está melhorando sua articulação política, e envolvendo mais partidos políticos para compor sua base de apoio, seguimos recebendo más notícias da Câmara e do Senado.
E com tanta gente assim pensando apenas “no bem” do nosso país, a bolsa segue patinando. Depois de bater 91 mil pontos na semana passada, voltamos ontem aos 86 mil.
Os fundos, que estavam compradaços no kit Brasil, amargam fortes perdas na última semana. Ibiuna, SPX, Gavea e Kapitalo são alguns dos nomes conhecidos que estão com perdas acumuladas nas suas cotas dos últimos 3 meses, para desespero dos cotistas.
Mas, assim como existe uma forma correta de investir em bolsa, procurando selecionar boas empresas, a preços atraentes, e tendo a paciência de esperar o mercado entrar em uma tendência positiva, como o Bruce Barbosa sempre destaca no Investidor de Valor, existe também uma forma correta de operar fundos.
Renato Breia, especialista responsável pelo conteúdo de fundos no Nord Wealth, também fala sobre qual a metodologia correta para escolher seu fundo de investimento, e quais características eles precisam ter para te gerar um bom retorno ao longo do tempo. Uma das dicas que ele mais reverbera aqui na mesa é: “não escolha seu fundo pela performance passada, achando que ela se repetirá ao longo do tempo!”
A agenda do bem
Enquanto os políticos destroem o mundo, os dados econômicos estabelecem as regras do jogo.
Hoje teremos dados de inflação nos EUA, que estão sendo acompanhados com lupa pelo mercado e pelo Fed, que pode optar por reduzir um pouco a frequência das altas de juros estimadas. Se o número vier mais fraco, certamente adicionará momento ao humor positivo da abertura.
No Brasil, teremos decisão do Copom, com ampla expectativa de manutenção da Selic em 6,5 por cento. O importante será observar as novas projeções de inflação do modelo do BC, assim como uma provável mudança de linguagem para um tom mais ameno, uma vez que os dados de inflação não param de surpreender para baixo.
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