A tecnologia certamente está dando uma nova vida à configuração na Gestão do Patrimônio das nossas famílias. Na verdade, o modelo híbrido - metade humano, metade máquina - tornou-se fundamental entre os especialistas em gestão de fortunas. A tecnologia é tão eficiente quanto o relacionamento subjacente entre consultor e cliente, e os melhores relacionamentos têm o mesmo objetivo na essência: o bem-estar financeiro do cliente.
Os especialistas em gestão dos investimentos tiveram sucesso na construção de ferramentas tecnológicas, como por exemplo a utilização de algoritmos na escolha de ativos para compor uma carteira de investimentos. Por isso, cada vez mais essas ferramentas ganham espaço frente ao modelo tradicional e já ultrapassado, onde o bem-estar financeiro do cliente não era o ator principal do enredo.
A verdade é que antes, os gerentes simplesmente associavam pessoas mais financeiramente abastadas a uma classe específica de serviços e produtos, de acordo com seu nível de riqueza. O resultado disso se reflete até hoje: em uma indústria onde o envolvimento real e profundo, com acompanhamento personalizado, é um serviço raro, com os investidores recebendo conselhos de investimentos genéricos e planejamento de longo prazo escasso, o que leva seu bem-estar financeiro geral a frangalhos.
A era digital ajudou a direcionar os gestores de investimentos rumo ao seu objetivo principal: os melhores interesses de seus clientes. Diversas empresas, que viram o apelo do software que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana e não joga tênis ou bebe café, mergulharam na tecnologia. Instituições variadas adotaram novas tecnologias avançadas, ao mesmo tempo que cortavam custos de front office ou diminuíram o tamanho da força de trabalho, nenhum dos quais melhorou a experiência do cliente. Muitos consultores hoje estão usando software de gerenciamento de relacionamento com o cliente (conhecidos como CRM), para otimizar seu fluxo de trabalho, como atualização de informações de contato e conversas. Eles estão gastando muito menos tempo, usando a tecnologia para priorizar seu dia ou agilizar conversas com seus clientes.
No entanto, nos últimos anos foram poucas as empresas que adotaram ferramentas digitais que capturam e analisam ativos acionáveis sobre os clientes, permitindo que eles ofereçam produtos ou carteira de investimentos verdadeiramente diferenciadas e personalizadas, além de serviços de consultoria que aproximam o relacionamento entre as partes. Enquanto isso, aquelas companhias que investiram nestas novas soluções tecnológicas trouxeram oportunidades inexploradas, criando uma gestão de patrimônio potencial.
Mas, as empresas nas quais o bem-estar financeiro do cliente é uma questão secundária, terão dificuldade em utilizar as ferramentas tecnológicas para fornecer bons conselhos. Você pode ver a evidência disso nos e-mails genéricos enviados pelos departamentos de marketing aos clientes durante a extrema volatilidade do mercado, em março do ano passado. O resultado de tais omissões é que grande parte da indústria de gestão de patrimônio ainda promove os mesmos produtos, serviços e consultoria de sempre, deixando clara a ineficácia do modelo.
Na contramão disso, quando os especialistas em Gestão de Patrimônio realmente priorizam o bem-estar financeiro e sabem, em nível humano, que, por exemplo, seu cliente tem dois filhos adolescentes que irão cursar a faculdade e possui uma coleção enorme de vinhos, são capazes de adequar uma carteira de investimentos para interesses reais deste investidor. E, junto a esse atendimento próximo e personalizado, aproveitam a tecnologia que aprimora o toque humano com percepções valiosas e serviço perfeito. Por exemplo, podem usar algoritmos para determinar instantaneamente como a compra de um determinado ativo pode impactar o quadro financeiro geral de seus clientes. Também podem fazer análises para ajudar nas transações de criptomoedas ou para tranquilizar clientes nervosos sobre a provável duração da recessão.
Seja qual for o caso, a tecnologia só tem valor se for voltada para o bem-estar financeiro do cliente, ao invés do interesse próprio de uma instituição ou um gerente de patrimônio. É por isso que a futura geração dos Gestores de Patrimônio está intimamente alinhada ao futuro do próprio aconselhamento. Um bom conselho de gestão de patrimônio não é um conceito nebuloso que pode ser quantificado como uma função matemática de perspectiva, mas exige envolvimento com o cliente e relacionamento.
Diante desse cenário os clientes de alta renda recebem um tratamento diferenciado no segmento destinado a esse público, porém muitas vezes acabam caindo nas mesmas armadilhas do já ultrapassado conflito de interesse utilizados pelos "bancões" e corretoras. Por isso, com um serviço, que mescla tecnologia com um atendimento humanizado e alinhamento total de interesse com o bem-estar financeiro do cliente, é possível oferecer uma experiência completa e moderna em gestão de patrimônio. Assim a empresa torna-se capaz de ajudar as pessoas a terem investimentos sofisticados e eficientes com uma gestão profissional e qualificada sem perder tempo e sem ter preocupação.