A disputa continua acirrada entre a série de indicadores macroeconômicos em nível global e os eventos da geopolítica internacional.
Ontem, dados de atividade econômica na Europa e inflação na China desenharam um panorama ainda repleto de dificuldades.
A questão da febre suína que atinge o continente asiático já encabeça a lista de preocupação do governo chinês, com a redução acima das expectativas das varas, afetando a oferta de proteína e consequentemente os preços, no maior CPI anual desde 2013.
No Brasil, o aumento da exportação da carne de porco para a China ainda que pareça substancial, com alta de 21,1% contra outubro do ano passado e aumento de 12,15% no volume exportado, está longe de ser o pico, dado o agravamento do problema.
Ou seja, o setor de abate animal ainda tem muito a se beneficiar do problema chinês em médio prazo.
Na Europa, a série de indicadores econômicos continua a apontar fraqueza na atividade, com melhoras pontuais como na balança comercial divulgada hoje, além do incremento anual do registro de carros novos na União Europeia e inflação baixa na região e no Reino Unido.
É neste contexto que entram as questões geo|políticas|. As atenções hoje se voltam novamente ao Brexit e mais uma tentativa de uma solução mínima para o problema.
O agravamento vem das negociações terem parado no último dia antes da cúpula crucial da UE.
Se um acordo não for aprovado até o dia 19, Boris Johnson é legalmente obrigado a solicitar à UE uma extensão da data atual do Brexit de 31 de outubro.
Este acordo precisa ocorrer hoje para haver alguma chance de ser aprovado pela UE e ratificado pelo Parlamento do Reino Unido no fim de semana. Mais um ponto global de volatilidade.
Para adicionar ainda mais controvérsia, o Ministério das Relações Exteriores da China disse hoje que tomaria medidas contra os EUA em resposta a um projeto de lei que favorece os manifestantes de Hong Kong, o qual solicita a vários departamentos governamentais que considerem se os episódios políticos atuais exigem que os EUA alterem o status comercial especial da região.
Por fim, o cenário internacional contabiliza o fracasso dos "instintos" de Trump ao retirar as tropas da Síria, o que levou ao avanço violento da Turquia, a qual não aceita sequer negociar um cessar fogo.
No Brasil, ainda que aprovado o texto da cessão onerosa e do texto base da MP886 da reestruturação do estado, a situação política piora constantemente, com a operação da PF contra o presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE) para apurar se houve fraude nas candidaturas femininas do partido na eleição do ano passado.
Como se vê, nada ocorre hoje em dia sem algum nível de polêmica.
Atenção aos resultados de BofA, IBM, BNY Mellon e Alcoa.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o entrave do Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com o corte de juros sul-coreano.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, prata, cobre e minério de ferro caem.
O petróleo abre sem rumo, com sinais de corte de produção da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,69%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1799 / 1,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,036%
Dólar / Yen : ¥ 108,65 / 0,175%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,532%
Dólar Fut. (1 m) : 4164,67 / 0,67 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,54 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,61 % aa (0,88%)
DI - Janeiro 23: 5,63 % aa (1,44%)
DI - Janeiro 25: 6,32 % aa (1,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1802% / 104.490 pontos
Dow Jones: 0,8864% / 27.025 pontos
Nasdaq: 1,2432% / 8.149 pontos
Nikkei: 1,20% / 22.473 pontos
Hang Seng: 0,61% / 26.664 pontos
ASX 200: 1,27% / 6.737 pontos
ABERTURA
DAX: 0,247% / 12660,93 pontos
CAC 40: -0,043% / 5699,59 pontos
FTSE: -0,070% / 7206,61 pontos
Ibov. Fut.: 0,14% / 104440,00 pontos
S&P Fut.: -0,357% / 2988,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,254% / 7943,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,30% / 78,17 ptos
Petróleo WTI: -0,17% / $52,90
Petróleo Brent:-0,46% / $58,69
Ouro: 0,10% / $1.482,98
Minério de Ferro: 0,42% / $92,62
Soja: -0,38% / $15,94
Milho: -0,64% / $389,75
Café: -0,95% / $93,50
Açúcar: -0,95% / $12,45