"A escalada das tensões na fronteira russo-ucraniana, ainda que nada exatamente de concreto tenha ocorrido, somente uma “guerra” de narrativas cada vez mais crescente e que influenciou fortemente a volatilidade dos ativos, não poupando o Brasil."
Terminamos a semana anterior com esta frase e assim começamos a atual, onde o peso da geopolítica se impõe novamente nos ativos de mercado financeiro, desta vez com uma semana de agenda macroeconômica pesada aqui e no exterior, o que pode desviar um pouco o foco do conflito, caso continue na mesma situação.
Neste momento, o mundo aguarda a reunião entre Putin e Biden para tentar chegar a um acordo sobre o conflito na fronteira com a Ucrânia, afinal, Biden tem sido o maior sinalizador de que tal evento deva ocorrer, enquanto Putin diz o contrário, voltando ao primeiro parágrafo deste texto.
Localmente, além do foco nos eventos geopolíticos e no fluxo intenso de capitais ao país, que tem desafiado a percepção sobre os rumos do Real como divisa, a agenda conta com dados de inflação, atividade econômica, setor externo e fiscal, ou seja, o pacote completo.
O destaque fica para o IPCA-15, o qual reforça a alta, dados eventos sazonais, os mesmo que afetam o IGP-M e para os dados fiscais, com projeções de mais um mês positivo, com superávits do governo central e primário, e o mercado de trabalho, com PNAD e CAGED, ambos apontando melhora.
Nos EUA, a atenção fica para o PIB e seus desagregados e na Europa, PMIs e dados de atividade econômica completam a semana, que reserva atenção também ao possível acordo nuclear com o Irã, o qual potencialmente pode ajudar na inflação global, ao atingir diretamente o aumento da oferta global de petróleo.
A OPEP+ já se mostrou muito pouco ‘sensível’ à questão inflacionária global e com a ausência nos EUA da oferta do gás de xisto, que já fez do país o maior produtor mundial, num espaço curto de tempo, o retorno do Irã é essencial no atual cenário de pressão de custos de energia.
Continuamos apostando que o conflito com a Rússia não deva ocorrer e a resolução possa ocorrer através da diplomacia, pois apesar dos testes de Putin com a paciência global, o país “somente” tem no arsenal nuclear seu principal elemento de barganha.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com o alívio das tensões russo-ucranianas.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com investidores continuando a observar a crise na Ucrânia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam devido ao feriado do dia do Presidente nos EUA.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro e prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com o avanço de negociações do programa nuclear iraniano,
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,28%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1382 / -0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,398%
Dólar / Yen : ¥ 114,83 / -0,096%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,346%
Dólar Fut. (1 m) : 5145,37 / -0,70 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,38 % aa (0,04%)
DI - Janeiro 24: 11,98 % aa (-0,37%)
DI - Janeiro 26: 11,27 % aa (-0,40%)
DI - Janeiro 27: 11,31 % aa (-0,18%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5713% / 112.880 pontos
Dow Jones: -0,6786% / 34.079 pontos
Nasdaq: -1,2295% / 13.548 pontos
Nikkei: -0,78% / 26.911 pontos
Hang Seng: -0,65% / 24.170 pontos
ASX 200: 0,16% / 7.234 pontos
ABERTURA
DAX: -0,200% / 15012,37 pontos
CAC 40: -0,610% / 6887,35 pontos
FTSE: 0,235% / 7531,29 pontos
Ibov. Fut.: -0,62% / 114299,00 pontos
S&P Fut.: 0,07% / 4346,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,139% / 13975,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,08% / 111,63 ptos
Petróleo WTI: 0,07% / $91,13
Petróleo Brent: 0,31% / $93,83
Ouro: -0,19% / $1.896,97
Minério de Ferro: 1,81% / $141,11
Soja: 0,60% / $1.601,50
Milho: 0,65% / $654,25
Café: -1,85% / $246,85
Açúcar: -0,44% / $18,20