Os contratos futuros do café arábica recuaram na semana até esta quinta-feira, 21 de junho, pressionados pela valorização do dólar ante o real, à medida que os exportadores do Brasil aumentam as remessas para o exterior, sendo atraídos pelos maiores ganhos após a conversão à moeda nacional.
A divisa dos Estados Unidos avançou 1,4% frente ao real até ontem, negociado a US$ 3,7827. Nesta quinta, porém, o dólar apresenta certo recuo – ainda permanece com saldo semanal positivo –, com a sinalização de trégua na disputa comercial entre norte-americanos e a China.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/18 do contrato "C" recuou 130 pontos na comparação com o fechamento da sexta-feira anterior, encerrando o pregão de hoje a US$ 1,1625 por libra-peso. Já na ICE Futures Europe, o vencimento setembro do café robusta subiu US$ 11, negociado a US$ 1.701 por tonelada.
Em relação ao clima, o inverno teve início hoje no Hemisfério Sul e, segundo a Somar Meteorologia, a semana deve continuar com tempo firme na maior parte das áreas produtoras de café do Brasil, favorecendo os trabalhos de colheita.
O serviço meteorológico observa que uma nova frente fria começa a se formar no Rio Grande do Sul no fim de semana, porém as instabilidades devem avançar somente de terça para quarta-feira. Há previsão de chuva no Paraná, que podem atingir os cafezais no norte do Estado, mas com baixos volumes.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os negócios com café estão lentos no mercado brasileiro, pois, além de boa parte dos produtores estar focada na colheita, a queda das cotações externas reforça a retração de agentes na semana.
Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e robusta apresentaram desvalorização de 0,7% e 1,7%, sendo comercializados, respectivamente, a R$ 446,05/sc e a R$ 329,79/sc na quarta-feira.