Os contratos futuros do café arábica recuaram aos menores níveis em oito meses nesta semana, pressionados por realizações de lucro de especuladores, após uma alta ocorrida na quarta-feira (17), e pela escalada do dólar frente ao real, em meio à falta de novidades nos fundamentos.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/2020 encerrou a sessão de ontem a US$ 0,9675 por libra-peso, apresentando recuo de 25 pontos ante a sexta-feira passada. Na ICE Europe, o vencimento setembro/2020 caiu US$ 48 no intervalo, cotado a US$ 1.164 por tonelada.
Ontem, o dólar comercial registrou sua sétima alta consecutiva ante o real, puxado pela intensificação da turbulência política no Brasil. No acumulado da semana, a divisa norte-americana acumulou valorização de 6,5%, encerrando a sessão de quinta-feira (18) a R$ 5,3715.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia aponta que o inverno começa amanhã no Hemisfério Sul, às 18h44, mas o tempo ficará firme sobre o Sudeste, Região que compreende a maior parte do cinturão cafeeiro do Brasil. As condições devem permanecer similares no domingo, com temperaturas mais baixas pela manhã, porém com calor no período da tarde.
No mercado físico, as cotações subiram moderadamente, com a realização de alguns poucos negócios. Mas, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a maior parte dos agentes segue retraída, com produtores focados na colheita. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 479,19/saca e R$ 340,35/saca, com ganhos, respectivamente, de 2,2% e 2,7%.