Os contratos futuros do café arábica encerram a semana estáveis, mas mantendo certa firmeza nesse fechamento de janeiro, flutuando entre US$ 1,20 e US$ 1,25 por libra-peso no vencimento mais líquido, o março/21.
De maneira geral, as cotações vêm oscilando sob pressão da força do dólar, em meio aos entraves políticos e fiscais no Brasil, e recebendo suporte da sensação de menor oferta mundial, com perdas significativas no Brasil, na América Central e no Vietnã.
No fechamento de ontem (28) da Bolsa de Nova York, o vencimento março/21 encerrou o pregão a US$ 1,24 por libra-peso, com modesta queda de apenas 5 pontos. Na ICE Europe, o vencimento março/21 do café robusta recuou US$ 7 na comparação com a sexta-feira anterior, finalizando a sessão a US$ 1.303 por tonelada.
A consultoria Capital Economics divulgou, ontem, relatório no qual aponta que o real brasileiro não deve ter muito mais espaço para se desvalorizar em relação ao dólar.
Nesta semana, a divisa se depreciou, à medida que o governo voltou a sinalizar responsabilidade fiscal e o Banco Central apontou para a possibilidade de os juros subirem antes do previsto. No fechamento do dia, a moeda foi cotada a R$ 5,4357, com recuo semanal de 0,8%.
No mercado físico, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para o café arábica voltou a quebrar seu recorde nominal. Segundo os analistas, o avanço é influenciado pelo comportamento do dólar, por certo aumento na procura e, principalmente, pela retração vendedora, este último, portanto, sendo um limitador da liquidez.
Os indicadores do Cepea para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 662,22 por saca – maior nível do levantamento iniciado em 1996 – e R$ 422,48 por saca, respectivamente com valorizações de 0,6% e 0,8% no comparativo com o final da semana antecedente.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia indica que as temperaturas se elevarão nos próximos dias no cinturão cafeeiro do Brasil e ocorrerão chuvas fracas.
Na próxima semana, a partir do dia 4 de fevereiro, as precipitações retornam com intensidade em São Paulo. Com o avanço de uma frente fria, Minas Gerais e o sul do Espírito Santo também receberão água nos primeiros 10 dias do próximo mês.