Nesta semana mais curta, devido ao feriado de Finados no Brasil, os futuros do café apresentaram baixa volatilidade, acumulando queda. Os fundos de investimento que operam em Nova York bateram novo recorde de posições vendidas na terça-feira (24/10), contribuindo para esse cenário baixista.
Outro fator de pressão foi o real desvalorizado ante a moeda norte americana, que encerrou outubro com alta de 3,3%, motivada pelas especulações sobre o aumento dos juros dos Estados Unidos. Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,27, apresentando alta de 0,9% em relação à sexta-feira.
Em Nova York, o contrato C com vencimento em dezembro encerrou a sessão de ontem a US$ 1,2510, com queda de 150 pontos frente ao fechamento da semana anterior. Na ICE Futures Europe, o contrato novembro do café robusta caiu US$ 83, negociado a US$ 1.902 por tonelada.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) emitiu nota com informações sobre o retorno das chuvas às regiões produtoras de café, que vinham enfrentando calor intenso e baixa umidade. O quadro abaixo resume as informações apresentadas.
A Somar Meteorologia prevê que chuvas ocorrerão em todas as áreas produtoras nesta semana, com acumulado entre 30 mm e 70 mm, inclusive no Espírito Santo, Zona da Mata e sul da Bahia. Há possibilidade de ocorrência de granizo nas regiões elevadas.
Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 451,20/saca e a R$ 372,71/saca, com desvalorização de, respectivamente, 0,8% e 0,5% na comparação com o fechamento da semana anterior.