Os contratos futuros do café tiveram ganhos substanciais ao longo da semana, puxados por uma combinação de fatores que envolvem a possibilidade de aperto na oferta mundial, devido a problemas no Brasil, Vietnã e países da América Central, e ao provável reaquecimento do consumo, à medida que a vacinação contra a Covid-19 avança nos Estados Unidos e na Europa.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/21 encerrou o pregão de ontem (25) a US$ 1,4005 por libra-peso, acumulando valorização de 1.090 pontos ante a sexta-feira passada. Na ICE Europe, o vencimento março/21 do café robusta avançou US$ 116 no intervalo, ficando negociado a US$ 1.459 por tonelada.
Analistas apontam que nem mesmo o ciclo de alta do dólar foi capaz de conter a evolução dos futuros do café e ainda acreditam que a commodity pode atingir patamares superiores. Ontem, a divisa norte-americana fechou negociada a R$ 5,514, acumulando ganhos semanais de 2,4%.
Com a forte alta internacional, as cotações do café também avançaram significativamente no Brasil, trazendo de volta a liquidez ao mercado físico.
O indicador calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para a variedade arábica voltou a bater seu recorde nominal, a R$ 746,14/saca, subindo 9,6% na semana. O do robusta evoluiu 5,5% no período, situando-se em R$ 452,08/saca.