Os contratos futuros do café arábica acumularam alta na semana, que foi volátil e marcada por certa imprevisibilidade nos movimentos. As cotações receberam suporte, de forma geral, das compras de fundos e do recuo do dólar.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/2020 subiu 255 pontos, cotado a US$ 1,2235 por libra-peso. Já o vencimento novembro/2020 do café robusta permaneceu praticamente estável na ICE Europe, fechando a sessão de ontem a US$ 1.405 por tonelada (-US$ 1).
Segundo analistas, a movimentação do mercado no acumulado da semana foi embasada em fatores técnicos, não apontando uma tendência definida. Do lado positivo, citam a queda de mais de um milhão de sacas nos estoques certificados da ICE US e o fato de os produtores brasileiros terem travado vendas de parte de até as próximas três safras, sugerindo firme demanda.
Do lado negativo, comentam a boa safra brasileira, estoques razoáveis e uma provável depreciação do real ante o dólar. No entanto, a divisa norte-americana recuou 0,5% no acumulado da semana até ontem, encerrando o pregão a R$ 5,5789. Essa queda ocorreu acompanhando o movimento do exterior e por realização de lucros após ganhos recentes.
No mercado físico, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informa que alguns negócios foram realizados, principalmente nos momentos de pico. O cenário do robusta foi um pouco mais agitado em função de os produtores temerem depreciações futuras. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon se situaram, respectivamente, em R$ 596,04/saca e R$ 410,24/saca, com avanços de 0,9% e 1,6%.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que o tempo permanecerá seco na maior parte do cinturão cafeeiro do Brasil nos próximos 10 dias, favorecendo os trabalhos de colheita, que está em sua reta final. Há previsão de chuva apenas entre o Espírito Santo e o sul da Bahia, com acumulado de até 20 milímetros, e na Zona da Mata de Minas Gerais (5mm).