Em meio à baixa volatilidade devido à proximidade das festas de final de ano, os futuros do café arábica acumularam discreta valorização nesta semana.
No Brasil, o dólar comercial foi cotado ontem a R$ R$ 3,31, sem variação significativa em relação à última sexta-feira. No mercado cambial, há cautela frente aos riscos de rebaixamento da nota do País após o adiamento da votação da reforma da previdência para fevereiro de 2018.
Em Nova York, o vencimento março de 2018 do contrato C encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 1,2455, com valorização de 380 pontos ante o fechamento da semana anterior. Na ICE Futures Europe, o contrato janeiro/2018 do café robusta perdeu US$ 26, e foi cotado a US$ 1.705 por tonelada.
Segundo a Somar Meteorologia, há previsão de chuvas sobre o cinturão cafeicultor do Brasil nos próximos dias. Até a quarta-feira (27), há estimativa de acumulados da ordem de 100 milímetros no Paraná, oeste de São Paulo e Baixa Mogiana e entre 70 e 100 mm no Cerrado Mineiro, Alta Mogiana e sul de Minas Gerais.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou análise destacando que, embora as chuvas de dezembro venham favorecendo o desenvolvimento da safra 2018/19 de café, está afastada a possibilidade de uma produção recorde no Brasil. A instituição aponta como fatores limitantes os altos índices de desfolha e abortamento de flores no Cerrado Mineiro e na Mogiana Paulista e a grande taxa de renovação de cafezais na primeira região.
No mercado físico nacional, permanece o cenário de baixa liquidez, conforme esperado para esta época do ano. Ontem, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 445,62/saca e a R$ 355,10/saca, com variações de, respectivamente, 0,3% e -1,1% na comparação com o fechamento da semana anterior.