Seguindo a tendência predominante no mercado das commodities, os futuros do café registraram inclinação negativa nesta semana, principalmente devido ao fortalecimento do dólar e a indicadores técnicos negativos que motivam o desmonte de posições compradas dos fundos.
Em linha com o movimento internacional, que antecipa a elevação dos juros norte-americanos pelo Banco Central dos Estados Unidos (FED, em inglês), o dólar comercial acumulou alta ante o real. No pregão de ontem, foi cotado a R$ 3,1947, com valorização de 2,5% no acumulado da semana.
Na ICE Futures US, o vencimento maio do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,4045 por libra-peso, perdendo 285 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento maio do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.182 por tonelada, acumulando desvalorização de US$ 12.
De acordo com a Climatempo, as condições climáticas seguirão favoráveis aos cafezais brasileiros nos próximos dias. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apurou que os produtores de arábica seguem realizando os tratos culturais e mantém expectativa de boa produtividade e qualidade na colheita que se aproxima, a qual será menor devido à bienalidade negativa da variedade.
No tocante ao comércio exterior, o Brasil exportou 2,31 milhões de sacas de café verde nos 18 dias úteis de fevereiro, volume 13,5% inferior ao apurado no mesmo mês de 2016.
O mercado doméstico segue lento, com poucos negócios em função dos preços estarem aquém das expectativas dos vendedores. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 491,02/saca e a R$ 441,52/saca, com variações de, respectivamente, -0,3% e 1,7% em relação ao fechamento da sexta-feira anterior.