Sem novidades nos fundamentos, os futuros do café apresentaram movimento lateral nesta semana, acumulando queda até o fechamento de ontem. As atenções estão voltadas para as condições climáticas e seu impacto no desenvolvimento da safra brasileira.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que os produtores de arábica da Zona da Mata e do Sul de Minas Gerais já iniciaram as atividades de colheita, limitadas à copa dos cafezais e em locais onde os grãos já adquiriram maior grau de maturação. Ainda segundo a instituição, a colheita do robusta segue em ritmo normal e a expectativa é de que os maiores volumes desta safra cheguem ao mercado no final mês.
No Brasil, o dólar comercial foi cotado, ontem, a R$ 3,1437, com queda de 1,0% em relação ao fechamento da semana anterior. O movimento do câmbio seguiu a tendência internacional, onde a alta do petróleo pressionou o índice da moeda norte-americana.
Na ICE Futures US, o vencimento julho do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,3425 por libra-peso, com queda de 145 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento julho do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 1.984 por tonelada, acumulando perdas de US$ 18 na comparação com a última sexta-feira.
A Organização Internacional do Café (OIC) avaliou que a queda das cotações do grão observadas no último mês foi influenciada por movimentos especulativos, já que “fundos de cobertura venderam posições longas acumuladas nos últimos meses”.
Em relação ao mercado físico nacional, o Cepea informou que as indústrias de torrefação voltaram a adquirir grãos de robusta e arábica de qualidade intermediária. A demanda está mais aquecida pelo arábica tipo 7 (bebida rio) remanescente da safra 2016/17, devido ao preço e à oferta ainda limitada de robusta. Já as negociações do arábica tipo 6 (bebida dura para melhor) têm sido pontuais, em momentos de valorização do mercado internacional.
Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 454,18/saca e a R$ 406,22/saca, respectivamente, com variações de -1,1% e 1,8%, em relação ao fechamento da semana anterior.