Nesta semana mais curta no Brasil, devido ao feriado de Corpus Christi, os futuros do arábica apresentaram baixa volatilidade, com foco nas rolagens de posição para o vencimento setembro. O andamento da colheita brasileira e os movimentos da moeda norte-americana continuam sendo as principais influências sobre o mercado.
Ontem, o dólar comercial foi cotado a R$ 3,3083, com alta de 0,5% em relação ao fechamento da sexta-feira anterior. O movimento do câmbio tem sido influenciado pela cautela dos investidores frente ao cenário político brasileiro.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informou que a colheita de arábica deverá se intensificar na segunda quinzena de junho. As regiões onde os trabalhos estão mais avançados são o Cerrado Mineiro e o Noroeste do Paraná, com 13% da produção colhida. No Sul de Minas, Zona da Mata Mineira e Mogiana, o percentual alcançado é de 10%. Em relação à variedade conilon, a instituição estimou que 90% e 50% dos grãos já foram colhidos, respectivamente, em Rondônia e Espírito Santo.
Apesar das precipitações da ordem de 15 milímetros ocorridas ontem no Norte do Paraná, no Oeste de São Paulo, na Baixa Mogiana e no Sul de Minas Gerais, a Somar Meteorologia prevê que o tempo seco retornará a partir da sexta-feira na maior parte das áreas cafeicultoras.
Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, na terça-feira, a US$ 1,2865 por libra-peso, com queda de 20 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento setembro do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem a US$ 2.040 por tonelada, acumulando valorização de US$ 19 na comparação com a última sexta-feira.
No mercado físico nacional, os negócios seguiram fracos. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 451,04/saca e a R$ 418,55/saca, sem variações significativas em relação ao fechamento da semana anterior.