A confusão dos juros americanos só se retroalimenta a cada indicador, onde a possibilidade de manutenção da taxa básica se firma cada vez mais, principalmente à véspera da saída de Yellen do comando do Federal Reserve, a maior defensora do aperto monetário.
Neste contexto, o cenário de liquidez global quase intocada começa a se desenhar para mais um biênio, beneficiando o fluxo de capitais para economias emergentes e mantendo o dólar estável, com reflexo também na inflação.
O maior problema continua nos temores de que a teoria econômica prevaleça e tal movimento de força na atividade econômica e emprego se revertam em uma inflação que demande uma ação extraordinária do Fed e é nesta premissa que tem se fixado a teoria de Yellen.
Ainda assim, a realidade tem se interposto à teoria e a própria presidente do Fed admite a necessidade de se rever o passado.
Localmente, as inflações apontam maior pressão sazonal quando comparados aos indicadores anteriores, porém tudo dentro de um contexto de controle de preços, os quais permitem a continuidade na próxima semana do ciclo de cortes de juros, mesmo que de maneira mais modesta.
CENÁRIO POLÍTICO
A divulgação de vazamentos da delação sigilosa de Funaro no site da câmara mostra que Maia novamente se articula para minar o poder de Temer nas casas, porém corre o risco de falhar novamente e se enfraquecer, mesmo com Temer no corner.
No cenário policial/político, o irmão de Geddel sofre buscas da PF em seu gabinete, na investigação dos R$ 51 milhões encontrados no apartamento recentemente.
Nesta semana, com Aécio e Temer passam pelo crivo da câmara, o que para ambos pode custar valiosos “cartuchos”, principalmente no caso de Temer, do qual se espera a votação da reforma da previdência no próximo mês.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva, com os futuros em NY em alta, após o CPI nos EUA abaixo das expectativas. Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, seguindo o fechamento americano.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para o minério de ferro e o cobre em portos chineses.
O petróleo abre em alta em NY e Londres, com a retomada da cidade curda de Kirkuk, rica em petróleo pelo exército iraquiano, elevando as tensões na região.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,146 / -0,86 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,228%
Dólar / Yen : ¥ 111,83 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,083%
Dólar Fut. (1 m) : 3157,93 / -0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,02 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,73 % aa (-0,26%)
DI - Janeiro 21: 8,93 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 9,97 % aa (-0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,43% / 76.990 pontos
Dow Jones: 0,13% / 22.872 pontos
Nasdaq: 0,22% / 6.606 pontos
Nikkei: 0,47% / 21.256 pontos
Hang Seng: 0,76% / 28.693 pontos
ASX 200: 0,56% / 5.847 pontos
ABERTURA
DAX: 0,182% / 13015,52 pontos
CAC 40: 0,117% / 5357,98 pontos
FTSE: 0,074% / 7541,03 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 77140,00 pontos
S&P Fut.: 0,031% / 2553,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,152% / 6109,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,42% / 86,26 ptos
Petróleo WTI: 1,38% / $52,16
Petróleo Brent:1,35% / $57,94
Ouro: 0,08% / $1.304,82
Minério de Ferro: 1,34% / $60,63
Soja: 0,49% / $18,87
Milho: -0,35% / $351,50
Café: -0,32% / $126,05
Açúcar: -0,56% / $14,33