Por conta do passado inflacionário e da preferência por renda recorrente, grande parte dos brasileiros adoram investir em imóveis. Mesmo que os FIIs sejam um excelente instrumento para tal, os investidores podem aumentar o grau de diversificação de suas carteiras de investmento aplicando em imóveis nos Estados Unidos. Isso porque nossa indústria de fundos imobiliários avança a passos largos, mas ainda perde para os REITs em vários aspectos. No artigo de hoje, comentarei à respeito das principais difereças entre os REITs e os Fundos Imobiliários.
O jeito mais fácil para executar essa forma de investir no exterior é através dos REITs Na falta de uma melhor definição, os REITs são os equivalentes aos fundos imobiliários no Brasil. No entanto, a indústria lá fora é bem mais madura, visto que os primeiros REITs datam da década de 1960, enquanto nossos primeiros fundos imobiliários têm pouco mais de dez anos.
A – Tamanho:
Nos EUA, existem REITs que têm valor de mercado próximo ao do Bradesco (SA:BBDC4), uma das maiores empresas do Brasil.Um REIT como o Boston Properties, que inclusive tem BDR negociado no Brasil, é tão grande quanto a indústria de fundos imobiliários negociados no Brasil.
B – Governança:
Os REIT´s são como empresas listadas: possuem gestão profissional e Conselho de Administração.
No Brasil, eles são administrados ainda como fundos de investimentos, o que não é a mesma coisa.
C – Diversidade:
No Brasil existe uma concentração grande em imóveis tradicionais como lajes corporativas, shoppings e logística.
Nos Estados Unidos existem REITs assim também. Mas existem muitas outras alternativas: como investir em penitenciárias, espaço publicitário de outdoors, antenas de telefonia e muito mais. Onde existe imóvel, existe espaço para haver um REIT.
D – Alavancagem:
Lá fora, os REITs podem tomar dívida para comprar imóveis. Isso pode ser bom, se o custo de dos juros da dívida for inferior a valorização e renda dos imóveis. Mas, obviamente, isso adiciona risco, que deve ser precificado.
Investidores podem se expor à REITs realizando stockpicking e escolhendo alguns ativos específicos, ou via ETFs, como o VNQ. Minha experiência com invesitmentos e estudos sobre alocação de portfólio me dizem que os imóveis são um importante componente de diversificação para uma carteira, reduzindo a volatilidade da mesma e contribuindo com retornos interessantes e recorrentes.