A saída recorde de US$ 56 bilhões do Brasil até outubro de 2024 é um alerta claro sobre a falta de confiança no cenário econômico do país. O Brasil vive uma realidade de constantes mudanças políticas e econômicas, com decisões judiciais imprevisíveis e um cenário fiscal sem planejamento de longo prazo. Isso gera uma desvalorização do real, inflação alta e um mercado de investimentos volátil, que afasta tanto investidores estrangeiros quanto nacionais. O que pode ser feito para reverter esse quadro? Primeiramente, o Brasil precisa restabelecer a confiança no seu sistema jurídico e econômico.
A segurança jurídica deve ser priorizada, com regras claras e estáveis, para que investidores possam tomar decisões sem o temor de que políticas econômicas sejam alteradas de maneira abrupta. As reformas fiscais e tributárias também são urgentes, com a implementação de um sistema mais eficiente e simplificado, que estimule a atração de investimentos e fomente o crescimento das empresas.
Além disso, o Brasil precisa modernizar sua infraestrutura e aumentar a competitividade das empresas. Investimentos em tecnologia, inovação e sustentabilidade são fundamentais para criar novas indústrias e gerar empregos de qualidade. Uma agenda focada em educação e qualificação profissional também é essencial, pois é preciso preparar a população para o mercado de trabalho do futuro, especialmente em áreas ligadas à tecnologia.
O papel do governo é crucial nesse processo. A adoção de políticas públicas que priorizem o crescimento sustentável, a redução da desigualdade social e o fortalecimento das pequenas e médias empresas é essencial para garantir que a recuperação da economia seja inclusiva e duradoura. Isso envolve não apenas a criação de incentivos fiscais, mas também uma gestão fiscal responsável, com controle de gastos e um equilíbrio nas contas públicas. Por fim, o Brasil deve estabelecer uma visão clara de longo prazo, com foco na estabilidade e na redução das incertezas.
Por fim, o Brasil precisa adotar uma visão de longo prazo focada na estabilidade política e econômica. Para isso, é essencial que o governo mantenha políticas econômicas consistentes e um ambiente regulatório claro, que incentive o retorno de investidores. Isso inclui o fortalecimento de setores-chave como infraestrutura, saúde e educação, além de uma maior aposta em inovação tecnológica e sustentabilidade.
Ademais, é necessário dar atenção à simplificação do processo burocrático para atrair mais investimentos estrangeiros e locais. Uma estratégia focada em simplificação tributária e desburocratização pode ajudar a melhorar a competitividade e gerar novas oportunidades de negócios.
Por último, o Brasil deve buscar maior integração com mercados internacionais, não só para aumentar a competitividade, mas também para diversificar suas fontes de receita. Se o país conseguir adotar essas reformas estruturais, criar um ambiente de negócios mais amigável e oferecer previsibilidade, conseguirá atrair novamente o capital necessário para sustentar o crescimento a longo prazo e melhorar a confiança dos investidores.