O segundo semestre de 2021 marcou o início de um desempenho para lá de bem sucedido nas empresas do setor de frigoríficos, em especial para JBS (SA:JBSS3) e Marfrig (SA:MRFG3). Ambas começaram a se recuperar das recentes realizações vistas nos gráficos do terceiro trimestre e, no mês de setembro, foi o setor com os melhores resultados do Ibovespa, com altas que variaram de 15 a 30% no período, contra queda do principal índice brasileiro de aproximadamente 6%.
É importante ressaltar que o mês passado começou mal para o segmento com a aparição de dois casos isolados do “mal de vaca louca”, mas felizmente o problema foi rapidamente solucionado. Nesse período, a China proibiu as exportações de carne bovina para lá, mas tanto JBS quanto Marfrig possuem plantas de operações nos Estados Unidos e o mercado americano seguiu em alta a ponto de “amortecer” essa queda. Isso significou certo alívio para o setor.
Um ponto positivo para a JBS é a pluralidade de produtos oferecidos, já que trabalha com aves, carne suína e bovina, o que mitiga os riscos de uma das modalidades. Visando essa maior diversidade da sua gama de produtos, a Marfrig aumentou em 2021 a sua fatia de ações da BRF (SA:BRFS3) para 24%.
O cenário gráfico para os ativos do setor segue muito positivo, com a JBS ocupando o primeiro lugar com as médias curtas e longas apontando para cima, maior volume na parte das compras e uma lateralização recente após as fortes altas que podem ser interpretadas como um descanso para novas altas. O gráfico de Marfrig faz uma leve realização dos lucros recentes, mas ainda dentro de um canal de alta iniciado em agosto último. Pode-se dizer que Minerva (SA:BEEF3) e BRF não estão nos seus melhores momentos, apesar de estarem no campo positivo.
No ano, JBS e Marfrig sobem 66,34% e 82,63%, respectivamente. Já Minerva realiza 5,86% e BRF 4,81%, todas as quatro com desempenho acima do Ibovespa, que cai 10,58% em 2021.