As cotações do frango vivo têm registrado forte queda entre as médias de dezembro de 2022 e da parcial de janeiro (até o dia 18). Na direção oposta, os valores dos principais insumos da atividade avícola (milho e farelo de soja) registram alta. Nesse cenário, o poder de compra do avicultor frente a esses insumos vem recuando de forma expressiva em janeiro. No estado de São Paulo, o preço médio do frango vivo nesta parcial de janeiro (até o dia 18) está em R$ 5,01/kg, queda de 4,2% em relação ao de dezembro de 2022. Segundo pesquisadores do Cepea, o recuo está atrelado à alta oferta da carne no mercado interno, o que, consequentemente, levou frigoríficos a demandarem menos lotes de frango vivo para abate. Para o milho, as altas nos portos no início do mês sustentam a vantagem frente ao frango. E para o farelo de soja, o baixo excedente do grão da safra 2021/22 reduziu a oferta do derivado no mercado doméstico. Com isso, é possível ao avicultor paulista a compra de 3,47 quilos de milho com a venda de um quilo de frango na parcial de janeiro, 5% a menos que em dezembro de 2022. De farelo de soja, é possível adquirir 1,68 quilo com a venda de um quilo do animal, quantidade 7,4% inferior no mesmo comparativo.
CITROS/CEPEA: INDÚSTRIAS DE SUCO FAZEM PRIMEIRAS PROPOSTAS PARA 23/24
As primeiras propostas de contratos para a safra 2023/24 de laranjas começaram a ser realizadas pelas grandes indústrias de suco do estado de São Paulo. Por enquanto, as novas compras estão sendo feitas a R$ 38,00/cx de 40,8 kg, colhida e posta na planta de moagem. Este valor é bem superior às primeiras propostas da temporada 2022/23 – entre R$ 30,00 e R$ 32,00/cx. Segundo os pesquisadores do Cepea, além das novas compras, as grandes empresas também já renovaram contratos com boa parte dos seus fornecedores de matéria-prima, ou estão buscando finalizar as renovações. O motivo para as compras com antecedência e a preços superiores aos da temporada passada é, principalmente, o baixo estoque de suco de laranja, que, segundo a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), deve fechar a atual safra 2022/23 (em junho de 2023) em apenas 140 mil toneladas em equivalente concentrado, bem abaixo do patamar estratégico de 250 mil toneladas.