As exportações brasileiras de carne de frango aumentaram em março, mesmo com os embargos temporários feitos ao produto nacional em meados do mês, por conta da operação Carne Fraca. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio da menor oferta mundial, já que países da Ásia, Europa e os Estados Unidos ainda registram surtos de gripe aviária. O bom desempenho das vendas brasileiras somado à expectativa de aumento da demanda doméstica interromperam o movimento de queda dos preços no atacado nos últimos dias, com reações no Sul e no Sudeste. No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado foi negociado a R$ 3,87/kg nessa quarta-feira 12, alta de 2,6% sobre a quarta anterior. Em Toledo (PR), a variação positiva de 1,4% em sete dias elevou o preço para R$ 3,58/kg. Para o frango inteiro resfriado em Descalvado (SP), a média foi de R$ 3,80/kg no dia 12, subindo 4,9% sobre a quarta anterior. Em Porto Alegre (RS), o resfriado permaneceu estável, a R$ 4,74/kg.
SUÍNOS: VALORES DO ANIMAL VIVO SOBEM EM MG
O movimento de queda nos preços do suíno vivo e da carne foi amenizado nos últimos dias, com reações do animal ocorrendo no mercado independente de algumas regiões acompanhadas pelo Cepea, especialmente nas do Sudeste. Além das temperaturas mais amenas, que favorecem o consumo de carne suína, o fim da Quaresma deve contribuir para consolidar os reajustes de preços nos próximos dias, segundo expectativas de agentes do setor. Em Belo Horizonte (MG), o suíno vivo se valorizou 2,2% entre 5 e 12 de abril, com o quilo do animal comercializado no mercado independente na média de R$ 3,97 nessa quarta-feira, 12. Já na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o quilo do suíno fechou a R$ 3,92 nessa quarta, queda de 2,6% em sete dias. No atacado paulista, entre 5 e 12 de abril, a carcaça especial suína se valorizou 0,7%, com o quilo passando para a média de R$ 6,38 nessa quarta-feira. Quanto à carcaça comum, os preços subiram 1,5% nos últimos sete dias, para R$ 5,95/kg.
BOI: PECUÁRIA COMEÇA A SINALIZAR RECUPERAÇÃO
Depois do momento delicado vivido na segunda quinzena de março, o mercado pecuário começa a dar sinais de recuperação neste mês. Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo com agentes de frigoríficos ainda pressionando os valores de compra de novos lotes de boi gordo, a menor oferta de pecuaristas tem feito com que os preços da arroba voltem a reagir na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Com escalas encurtadas, os valores da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo também vêm registrando altas diárias neste mês. Entre 5 e 12 de abril, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (São Paulo) teve alta de 1,83%, fechando a R$ 136,44 nessa quarta-feira, 12. No mesmo período, a carcaça casada do boi se valorizou 3,34%, fechando a R$ 9,90/kg na quarta. Além da operação Carne Fraca, o retorno da cobrança do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) também impactou o mercado no fim de março, já que afetou diretamente os valores negociados, com frigoríficos descontando dos preços de compra o percentual relativo ao Fundo, de 2,3%.
MAMÃO: AUMENTO DA OFERTA PRESSIONA VALORES NA ROÇA
Com clima favorável à maturação, o volume de mamão havaí cresceu nas regiões produtoras na última semana, cenário que pressionou as cotações da fruta. Quanto ao formosa, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, um leve e pontual aumento na oferta também foi registrado, principalmente no oeste da Bahia. No Espírito Santo, o havaí tipo 12 a 18 foi vendido a R$ 1,00/kg, em média, na última semana, queda de 17% em relação à semana anterior. O formosa foi comercializado a R$ 0,90/kg, em média, valor 12% menor na mesma comparação.