Apesar das recentes baixas nas cotações do frango, as desvalorizações das carnes suína e bovina não têm permitido ganhos de competitividade para a proteína avícola. Conforme colaboradores do Cepea, os cenários político e econômico no Brasil têm pressionado os valores de produtos de todo o setor pecuário. Na cadeia de frango, especificamente, agentes têm buscado ajustar a oferta à demanda, estratégia favorecida pelo ciclo de produção mais curto. Isso não chega a dar suporte ou permitir alta significativa nos preços, mas tem ajudado a conter as quedas. Na parcial deste mês (até 22/6), o frango inteiro resfriado negociado no atacado da Grande São Paulo se desvalorizou 2,5%, enquanto as cotações da carcaça especial suína e da carcaça casada bovina recuaram 8,2% e 2,5%, respectivamente.
OVOS: TEMPERATURAS REDUZEM OFERTA, MAS PREÇOS SEGUEM ESTÁVEIS
O início do inverno, na última quarta-feira, 21, deixou avicultores de postura em alerta, já que baixas temperaturas podem reduzir a produção de ovos. Conforme agentes do setor consultados pelo Cepea, a produção diminuiu 8% na última semana. No entanto, a já restrita oferta de ovos, resultante da demanda aquecida e do clima mais ameno das últimas semanas, não tem sido suficiente para impulsionar os preços significativamente, visto que a procura pelo produto costuma diminuir na segunda quinzena do mês.
CITROS: EXPORTAÇÕES FAVORECEM ESCOAMENTO DA TAHITI
As cotações da lima ácida tahiti seguem em bons patamares no Brasil, sustentadas pelas exportações firmes, conforme pesquisadores do Cepea. Com o cessar das precipitações, a colheita foi retomada, aumentando o volume da fruta no mercado paulista. No entanto, as cotações bastante superiores às médias dos últimos meses têm prejudicado o escoamento da fruta no mercado doméstico. Nesta semana (segunda a quinta-feira), a média da lima ácida tahiti no mercado nacional foi de R$ 35,55/cx de 27 kg, colhida, alta de 18.7% em relação à da semana passada. Quanto à laranja de mesa, os preços têm se sustentado por conta do aumento da entrega de frutas contratadas às indústrias, o que acaba reduzindo a disponibilidade no mercado. As compras, no entanto, têm sido limitadas, tanto no segmento spot quanto no mercado de fruta fresca. Nesta semana (de segunda a quinta-feira), a média da laranja pera fechou a R$ 16,87/cx de 40,8 kg, na árvore, leve recuo de 0.2% frente à da semana anterior.