O mercado de carne de frango segue enfraquecido no Brasil e incertezas relacionadas a grandes empresas do setor deixam agentes ainda mais apreensivos. Com isso, segundo pesquisadores o Cepea, o mercado externo, que tem sido um termômetro da avicultura de carne brasileira, passa a ser o maior foco do setor. Isso porque casos de influenza aviária seguem ocorrendo em vários países, o que pode favorecer os embarques brasileiros, alertam pesquisadores do Cepea. Na última semana, foram anunciados novos focos da doença na Rússia e no Egito, que são importantes países compradores da carne brasileira. Nesta parcial de 2017, a Rússia e o Egito têm sido, respectivamente, o oitavo e o nono maiores importadores do produto nacional. No primeiro quadrimestre deste ano, os russos já vinham elevando as compras de carne brasileira, adquirindo volume 9,9% superior ao do mesmo período de 2016, totalizando 31,4 mil toneladas. Já os egípcios recuaram em 9,3% as importações do produto nacional no mesmo período, somando 27,9 mil toneladas nos primeiros quatro meses de 2017.
OVOS: LIQUIDEZ É BAIXA E PREÇOS SEGUEM ESTÁVEIS
As negociações no mercado de ovos estão lentas, devido ao período do mês, segundo indicam pesquisadores do Cepea. Nesse cenário, os preços permanecem relativamente estáveis. Para a próxima semana, colaboradores do Cepea acreditam na manutenção dos valores, fundamentados na baixa oferta e nas temperaturas mais baixas, que melhoram a qualidade da casca do ovo e aumentam sua vida de prateleira.
CITROS: INDÚSTRIAS DE SP AUMENTAM RITMO DE PROCESSAMENTO
O processamento de laranjas da safra 2017/18 está ganhando ritmo nas grandes indústrias do estado de São Paulo. Até o momento, a moagem (que praticamente não foi interrompida neste ano) ocorre em sete unidades das grandes processadoras. Na semana que vem, pelo menos mais três unidades devem iniciar as atividades da nova safra. Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento das unidades de moagem em relação ao início de maio deve incentivar novas compras de frutas no mercado spot. Por enquanto, as remunerações no mercado físico seguem por volta de R$ 16,00/cx de 40,8 kg, colhida e posta na fábrica. No mercado de mesa, o cenário de enfraquecimento dos preços se mantém, tanto em decorrência da oferta elevada nas roças paulistas quanto pela dificuldade de escoamento. Na parcial da semana (segunda a quinta-feira), a média da pera é de R$ 18,45/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 6,4% frente à anterior.