As cotações da carne de frango continuam em queda no atacado da Grande São Paulo. O valor médio do frango inteiro congelado nessa quinta-feira, 23, foi de R$ 3,84/kg, queda de 1,9% em sete dias; para o resfriado, a média fechou em R$ 3,72/kg, recuo de 1,1% no mesmo período. Segundo pesquisadores do Cepea, o menor patamar de preços é resultado da demanda enfraquecida e da oferta relativamente elevada. De modo geral, apesar de a carne de frango ser uma opção mais em conta que as concorrentes, a situação econômica do País tem prejudicado o consumo nesses primeiros meses do ano. Conforme colaboradores do Cepea, as vendas menores que o esperado tanto em dezembro de 2016 quanto em janeiro deste ano resultaram em aumento dos estoques nos frigoríficos. Além disso, em janeiro, a produção de carne de frango atingiu nível recorde para aquele mês.
OVOS: APESAR DA PROXIMIDADE DA QUARESMA, VALORES SOBEM POUCO
Os preços dos ovos brancos se estabilizaram neste final de mês, enquanto os ovos vermelhos tiveram ligeiras valorizações. Nem mesmo a proximidade da quaresma foi suficiente para alavancar a demanda e impulsionar os preços, como costuma acontecer nessa época do ano. No entanto, de acordo com pesquisadores de Cepea, a oferta enxuta do setor, motivada por ajustes na produção e pelo calor, que afeta a qualidade e quantidade de ovos, tem sustentado as cotações. Entre 16 e 23 de fevereiro, o ovo tipo extra, branco, colocado na Grande São Paulo, se valorizou 0,15% com a caixa de 30 dúzias na média de R$ 93,22 nessa quinta-feira. A retirar em Bastos (SP), o preço do ovo tipo extra, branco, subiu apenas 0,05% no mesmo período, passando para R$ 87,98/cx na quinta-feira, 23. As cotações dos ovos vermelhos colocados na Grande São Paulo avançaram 1,86% no intervalo de 16 a 23 de fevereiro, passando para R$ 107,69/cx nessa quinta. Para retirada em Bastos, os ovos vermelhos fecharam a semana 2,01% mais caros que na quinta passada, negociados a R$ 104,18/cx.
CITROS: PREÇO DA LARANJA É ESTÁVEL; TAHITI TEM ALTA EM SP
A divergência na qualidade da laranja pera gerou diferença superior a R$ 10,00 em algumas negociações nesta semana, segundo produtores consultados pelo Cepea. Na parcial do período (segunda a quinta-feira), a média da variedade foi de R$ 44,03/cx de 40,8 kg, na árvore, praticamente estável (-0,1%) ante a semana passada. Para os próximos dias, devido ao recesso de carnaval, a comercialização deve ter ritmo lento, com a demanda enfraquecida, típica para o período. Já quanto à lima ácida tahiti, os baixos patamares de preço no mercado de mesa e a elevação das remunerações para moagem fizeram com que um maior volume fosse destinado às indústrias, o que controlou a oferta em São Paulo. Assim, as frutas com maior qualidade estão valorizadas no mercado in natura. Na parcial da semana, a tahiti foi comercializada à média de R$ 11,11/cx de 27 kg, colhida, aumento de 26,7% em relação à semana passada. Para os próximos dias, diferente do observado para a laranja, produtores apostam em maior demanda no mercado doméstico, o que deve elevar ou pelo menos manter os preços firmes.