As exportações brasileiras de carne de frango (in natura e processada) cresceram em fevereiro, atingindo o maior volume para o mês, desde o início da série da Secex, em 1997. Esse aumento surpreendeu agentes de mercado, tendo em vista o menor número de dias úteis de fevereiro – que poderiam resultar em menor quantidade –, e o recuo nos envios à China. Conforme dados da Secex, em fevereiro, o Brasil exportou 348,4 mil toneladas da proteína, aumento de 7,6% frente a janeiro e de expressivos 9,9% na comparação com o mesmo mês de 2019, que, até então, registrava o maior volume para fevereiro. No mercado doméstico de carne de frango, a liquidez tem sido maior neste início de março, segundo colaboradores do Cepea. Esse cenário, aliado ao preço mais alto do frango vivo, levou agentes do setor a reajustar seus preços positivamente. Assim, o frango inteiro congelado, comercializado no atacado da Grande São Paulo, se valorizou 3% entre 27 de fevereiro e 5 de março, fechando a R$ 4,79/kg na quinta-feira, 5. Na mesma região, o inteiro resfriado foi cotado a R$ 4,64/kg no dia 5, elevação de 1,4%.
CITROS: VOLUME DE TANGERINA PONCÃ DEVE SER MENOR NESTA TEMPORADA
Ainda que em ritmo lento, a colheita de tangerina poncã foi iniciada nas regiões citrícolas paulistas no final de fevereiro. Segundo colaboradores do Cepea, a oferta da fruta, especialmente as de melhor qualidade, deve se intensificar somente a partir da segunda quinzena de março, quando a variedade começa a atingir o estágio de maturação ideal demandado pelo mercado de mesa. Alguns produtores já colhem as tangerinas neste início de safra, mesmo que estas ainda não estejam na maturação ideal para comercialização, a fim de aproveitarem os preços atrativos e o período de entressafra de laranjas pera e tardias de 2019/20. Na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), a tangerina poncã é negociada a R$ 68,30/cx de 27 kg, na árvore – na primeira semana de colheita do ano passado, o valor era de R$ 91,39/cx. Segundo colaboradores do Cepea, a expectativa de agentes para esta safra é de que o volume de poncã seja inferior ao da temporada anterior, fundamentados no clima seco entre setembro e outubro, período de desenvolvimento dos frutos, e no menor vigor vegetativo, após uma safra elevada. A qualidade das frutas desta temporada também deve ser inferior à de 2019, visto que as chuvas recorrentes e volumosas no primeiro bimestre de 2020 resultaram no aparecimento de doenças fúngicas e em apodrecimento no período pós-colheita.