Os embarques de carne de frango, que já vinham registrando volumes elevados nos últimos meses, atingiram em julho a maior quantidade desde o mesmo mês de 2018. Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, 424,4 mil toneladas de carne de frango, dentre produtos in natura e processados, foram exportadas em julho, volume 6,8% acima do escoado no mês anterior e ainda 16,4% acima do de julho de 2020. Em termos financeiros, além do forte incremento no volume, o preço médio e o câmbio elevado favoreceram o aumento na receita obtida em Reais, que atingiu recorde. O produto exportado teve média de US$ 1,74/kg em julho, aumento de 6,4% frente a junho e ainda 27,5% superior ao de julho de 2020, de acordo com dados da Secex. Dessa forma, R$ 3,82 bilhões foram gerados com os embarques, montante recorde, 16,7% maior que o obtido em junho e 45,1% acima do de julho/20. Esse movimento somado às boas vendas domésticas elevaram a liquidez da proteína no mercado interno e impulsionaram as cotações da carne nas praças acompanhadas pelo Cepea.
CITROS: COM OFERTAS LIMITADAS, LARANJA PERA E TAHITI SE VALORIZAM
Mesmo com a demanda desaquecida, os preços da laranja pera seguem firmes no mercado de mesa paulista. Isso porque, além da intensificação da moagem nas processadoras, a oferta nas roças tem sido comprometida pelo clima, o que também está prejudicando o calibre e a aparência das laranjas. Assim, segundo colaboradores do Cepea, as frutas de maior qualidade estão valorizadas. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a pera foi negociada na média de R$ 37,38/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 4,3% frente à média da semana passada. No caso da lima ácida tahiti, a tendência altista permanece, podendo ser ainda mais intensa na próxima semana. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse aumento está atrelado à baixa disponibilidade da variedade, que, por sua vez, é reflexo da finalização da “safrinha”, que foi atrasada neste ano (devido ao clima quente e seco no primeiro semestre), e dos impactos negativos das geadas das últimas semanas na produção – a queda acentuada das temperaturas em várias cidades do estado de São Paulo prejudicou a qualidade e o desenvolvimento da tahiti, e muitas plantas, que já passavam por dificuldades diante da baixa umidade, perderam diversos frutos e brotos por queda e queima. Nesta semana, a média parcial de comercialização da variedade foi de R$ 43,49/cx de 27 kg, colhida, 31,8% maior que a da semana passada.