Em março, pelo segundo mês consecutivo, a China foi o principal destino das exportações brasileiras de carne de frango, seguida por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Japão. Juntos, esses países receberam 45% da proteína embarcada pelo Brasil no período. Segundo colaboradores do Cepea, até os frigoríficos que não estão habilitados a exportar para o mercado chinês estão se beneficiando desta conjuntura, uma vez que o forte impulso nas vendas externas limita a oferta da proteína no mercado doméstico e eleva os preços nacionais. De acordo com dados da Secex, a China adquiriu 41,7 mil toneladas de carne de frango em março, alta de 7,5% frente a fevereiro e o maior volume desde julho/18. O ritmo mais aquecido das compras chinesas pode estar atrelado à menor oferta de suínos na região, em decorrência dos casos de Peste Suína Africana (PSA). Considerando-se todos os destinos, o Brasil exportou 340,5 mil t de carne de frango em março, com faturamento de US$ 564,8 milhões, ambos com altas de 7% em relação ao mês anterior.
OVOS: INÍCIO DE MÊS E PROXIMIDADE DA SEMANA SANTA ELEVAM COTAÇÕES
Os preços dos ovos estão em alta nesta primeira semana de abril, impulsionados principalmente pelo aumento da procura. Segundo colaboradores do Cepea, além da proximidade da Semana Santa, quando o consumo de ovos costuma aumentar, o pagamento dos salários e o consequente maior poder aquisitivo da população elevaram a demanda pela proteína neste início de abril. De 28 de março a 4 de abril, o preço da caixa de 30 dúzias do ovo branco tipo extra, para retirada em Bastos, subiu 3,9%, fechando a R$ 87,82 nessa quinta-feira, 4. Para o produto posto na Grande São Paulo, o preço médio nessa quinta foi de R$ 93,32, alta de 3,2% nos últimos sete dias. Para o ovo vermelho tipo extra, a retirar em Bastos, a alta foi de 3,2% na semana, a R$ 103,20/cx no dia 4. O produto vermelho posto na Grande São Paulo teve valor médio de R$ 108,53/cx nessa quinta-feira, 0,8% superior à média do dia 28.
CITROS: PREÇO MÉDIO DA TAHITI É O 2º MAIOR PARA UM MÊS DE ABRIL
Os preços da lima ácida tahiti estão atipicamente firmes nestes primeiros meses de 2019. Isso porque, mesmo com a intensificação da colheita (cenário comum em início do ano, quando ocorre o pico de safra), as demandas aquecidas dos mercados exportador e industrial têm controlado a oferta da variedade no estado de São Paulo. Neste cenário, a média parcial de abril (até o dia 4) já é a segunda maior para o mês, em termos nominais, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 1996 para a variedade. O mesmo se aplica ao primeiro trimestre de 2019, cujas médias nominais ficam abaixo somente das de 2016 e 2018 (no caso do mês de janeiro). Neste começo de abril, segundo compradores, ainda há dificuldade em encontrar tahiti de boa qualidade no mercado in natura. Enquanto as frutas maduras estão escassas, as novas ainda estão verdes e, por isso, têm a colheita postergada. As de melhor qualidade, por sua vez, são destinadas ao mercado externo. Assim, na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a variedade registrou média de R$ 22,71/cx de 27 kg, colhida, 7% superior à do período anterior.