As vendas de carne de frango nos mercados interno e externo estiveram lentas ao longo de novembro, contexto que pressionou as cotações da proteína e também do animal vivo. O valor médio desses produtos em novembro chegou ao menor patamar em cinco meses. Para o frango inteiro, colaboradores do Cepea apontam que agentes reduziram os valores de comercialização, no intuito de elevar a liquidez e evitar o aumento de estoques, especialmente neste período que antecede as festas de final de ano, quando a procura por aves natalinas e carne suína cresce, em detrimento da proteína de frango.
No atacado da Grande São Paulo, o inteiro congelado se desvalorizou 8,4% de outubro para novembro, com a média de novembro a R$ 7,28/kg – a menor desde junho/21. Já na comparação anual, a média do último mês ainda ficou 7,1% acima da registrada em novembro/20, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de out/21), o que mostra o ganho de valor da carne de frango acumulado ao longo de 2021.
No mercado de cortes e miúdos, a movimentação foi similar. No atacado da Grande São Paulo, o filé de peito congelado foi negociado à média de R$ 13,59/kg em novembro, queda mensal de 3,8%, mas ainda 45,8% superior à de novembro/20, em termos reais. Quanto ao frango vivo, a baixa liquidez da carne acabou limitando a procura por novos lotes de animais. Na média do estado de São Paulo, o animal foi negociado à média de R$ 5,55/kg no último mês, queda de 6,5% frente à de outubro/21, mas ainda 6,3% superior à de novembro/20, em termos reais (para série do frango vivo, os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de out/21).