Os preços da carne de frango subiram em julho, com recuperação frente ao movimento de queda verificado em maio e em junho. Segundo pesquisadores do Cepea o aumento dos preços é pautado principalmente pela baixa disponibilidade interna de carne de frango devido aos embarques elevados e ao maior consumo da população, que procura proteínas mais baratas por conta da forte inflação. Assim, em julho, o preço médio do frango inteiro comercializado na Grande São Paulo atingiu o maior patamar mensal dos últimos três meses, em termos reais (IPCA de junho/22). O produto congelado registrou média de R$ 7,76/kg na região paulista no último mês, alta de 4,7% frente à do mês anterior. Mesmo com os avanços, o preço de julho ainda esteve 4,9% abaixo da média verificada no mesmo período de 2021. Para os cortes e miúdos também comercializados no atacado da Grande São Paulo, dentre os produtos acompanhados pelo Cepea, apenas a asa se desvalorizou em julho. A demanda específica pelo produto para churrascos e confraternizações tende a se reduzir no período de inverno, devido às temperaturas mais baixas. Na contramão, o que mais se valorizou foi o filé de peito, que tem tido tendência de alta desde meados de março deste ano. O preço é recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em 2004 (IPCA de junho/22). No último mês, o produto congelado teve média de R$ 16,06/kg, que, além de recorde, é 5,5% maior que a média de junho e 22,5% superior ao valor registrado em julho/21.
CITROS: COM OFERTA REDUZIDA, LARANJA E TAHITI SE VALORIZAM
Os preços dos cítricos seguem em alta nesta semana. Segundo colaboradores do Cepea, ainda que a demanda não esteja tão aquecida, a oferta, no geral, está menor. No caso da laranja, os meses de seca estão reduzindo a qualidade das frutas que estão nas árvores. Assim, elas acabam não atingindo o padrão exigido pelo mercado de mesa e precisam ser redirecionadas à indústria. Além disso, mais produtores têm priorizado os contratos com as processadoras. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera teve preço médio de R$ 35,71/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 2,01% na comparação com o da semana passada. A rubi, por sua vez, está sendo comercializada à média de R$ 30,08/cx, aumento de 0,84% na mesma comparação. No caso da lima ácida tahiti, as valorizações semanais têm sido mais expressivas. Produtores consultados pelo Cepea indicam que, finalmente, a oferta da fruta está ficando mais restrita. Na parcial desta semana, a tahiti teve média de R$ 30,38/cx de 27 kg, colhida, elevação de 45,32% em comparação com a da semana passada. Para esta fruta, a previsão é de que os preços continuem subindo semana a semana, visto que não há expectativa de recuperação da oferta no curto prazo.