Os preços da carne, dos cortes de frango e também do animal vivo caíram com força em janeiro em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Além das demandas interna e externa enfraquecidas, a maior disponibilidade doméstica pressionou as cotações em todos os elos da cadeia. No mercado interno, é típico um enfraquecimento da procura em janeiro, tendo em vista que se trata de um período em que a população tem muitos gastos. Quanto à demanda externa, o ritmo das exportações em janeiro esteve abaixo do verificado em dezembro/17 e também em janeiro/17. No acumulado do mês (de 28 de dezembro a 31 de janeiro), o frango inteiro resfriado, negociado na Grande São Paulo, se desvalorizou expressivos 11%, a R$ 3,20/kg na quarta-feira, 31. O preço do frango congelado caiu 10,4%, para R$ 3,28/kg na quarta. Quanto aos cortes comercializados na capital paulista, o preço médio da asa fechou o mês a R$ 5,91/kg, recuo de 17,5% em relação a 28 de dezembro. O coração se desvalorizou 15,6% no período, a R$ 12,80/kg no dia 31. O animal vivo, na média do estado de São Paulo, foi negociado a R$ 2,44/kg em 31 de janeiro, desvalorização de 7,4% frente a 28 de dezembro.
OVOS: VALOR DO OVO VERMELHO SOBE COM MAIS FORÇA QUE O DO BRANCO
As cotações do ovo tipo extra, vermelho, subiram com mais intensidade que as do branco na última semana, refletindo, principalmente, a menor oferta do primeiro. Além disso, segundo agentes do setor consultados pelo Cepea, a procura por ovos vermelhos teve ligeiro aumento no período, contribuindo para a valorização do produto. Entre 25 de janeiro e 1º de fevereiro, o ovo tipo extra, vermelho, colocado na região de Belo Horizonte (MG), registrou expressiva alta de 6%, para a média de R$ 84,87 por caixa com 30 dúzias no dia 1º. O ovo tipo extra, branco, por sua vez, se valorizou 2,5% no período, para a média de R$ 73,24/cx na praça mineira nessa quinta. Em Bastos (SP), o valor da caixa do produto vermelho subiu 4,9% nos últimos sete dias, enquanto o da caixa com ovos brancos aumentou 3,4%, para as respectivas médias de R$ 65,90 e de R$ 77,64 no dia 1º. A expectativa para fevereiro é de novas valorizações, já que o retorno das aulas e o período de Quaresma tendem a elevar a demanda por ovos.
CITRUS: OFERTA REDUZIDA LIMITA QUEDAS DO PREÇO DA LARANJA
A disponibilidade de laranja de boa qualidade segue limitada em todo o estado de São Paulo, fator que tem evitado quedas mais significativas das cotações da fruta (dada a oferta ainda elevada nas regiões produtoras). A demanda, por sua vez, esteve retraída nos últimos dias, devido ao clima chuvoso e ao período de fim de mês. Na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), a pera teve média de R$ 22,22/cx de 40,8 kg, na árvore, recuo de 4,1% em relação à semana anterior. Já para a lima ácida tahiti, o pico de safra continua pressionando os valores da fruta. Contudo, conforme colaboradores do Cepea, os preços devem permanecer nestes patamares, devido à melhora do calibre da variedade e à intensificação da moagem – que tem controlado a disponibilidade no mercado de mesa. Na média parcial desta semana, a tahiti foi cotada a R$ 12,24/cx de 27 kg, colhida, baixa de 9,3% em relação à semana passada.