O alojamento de pintainhos de um dia registrou, em maio, o menor volume desde novembro de 2009, refletindo a estratégia da indústria de tentar reduzir a oferta no mercado. De acordo com dados da Apinco, em maio (últimos dados disponíveis), a produção de pintos de corte somou 462,8 milhões de cabeças, queda de apenas 1% em relação ao mês anterior, mas de expressivos 11% frente ao mesmo período do ano passado. Trata-se, ainda, do menor volume desde novembro de 2009, quando foram alojados cerca de 461,3 milhões de cabeças. Segundo colaboradores do Cepea, o baixo volume de animais alojados em 2018 é resultado da queda na competitividade frente às carnes substitutas, da dificuldade de escoamento para o mercado externo, das perdas acumuladas pelo setor ao longo do ano e da paralisação dos caminhoneiros. Com a redução do alojamento, a menor oferta de animais para abate pode resultar em reação nos preços internos do animal vivo e da carne.
OVOS: OFERTA ELEVADA REDUZ PODER DE COMPRA DE AVICULTOR
O poder de compra do avicultor de postura frente aos principais insumos utilizados na atividade, milho e farelo de soja, diminuiu de junho para julho. Segundo colaboradores do Cepea, a elevada disponibilidade de ovos no mercado doméstico tem levado granjeiros a conceder descontos para efetivar negócios, reduzindo a receita obtida com as vendas. Mesmo assim, entre 12 e 19 de julho, os preços da proteína esboçaram leve recuperação em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em Bastos (SP), a caixa com 30 dúzias do ovo branco tipo extra (a retirar) registrou ligeira valorização de 1,52%, fechando com média de R$ 70,72 nessa quinta-feira, 19. Para o ovo vermelho, a alta foi de 2,8%, para R$ 77,84/cx.
CITROS: SECA PREJUDICA QUALIDADE DAS LARANJAS DA SAFRA 2018/19
Com o volume de chuvas abaixo da média durante o primeiro semestre deste ano em São Paulo, o desenvolvimento das laranjas da temporada 2018/19 atrasou, principalmente em pomares sem irrigação. Nesse cenário, as frutas que estão sendo colhidas têm apresentado menor qualidade – calibre reduzido (as laranjas não têm ultrapassado o tamanho médio) e murcha, principalmente da pera. Com isso, a maior participação de laranjas com menor calibre tem dificultado a comercialização no mercado in natura, reduzindo a oferta, mas aumentando a disponibilidade para processamento. Assim, a média da laranja pera nesta semana (de segunda a quinta-feira) foi de R$ 27,06/cx de 40,8 kg, na árvore, avanço de 1% em relação à da semana passada. Vale lembrar que a menor disponibilidade tem mantido as cotações da pera em bons patamares. Na parcial de julho (até o dia 19), a variedade é negociada a R$ 26,42/cx de 40,8 kg, na árvore – valor 63,6% superior ao de julho/17, em termos nominais, e recorde para o mês na série histórica do Cepea, iniciada em 1994.