Os preços do frango seguiram em queda em março, registrando novas mínimas. Em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores médios do mês, tanto da carne no atacado quanto do animal vivo, foram os menores em 12 anos, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de fevereiro/18). Em São Paulo, no Paraná e em Minas Gerais, o preço médio do frango resfriado foi o menor desde julho de 2006. No estado de São Paulo, o frango resfriado teve média de R$ 3,18/kg em março, 4,5% abaixo da de fevereiro e 15,2% menor que a de março17. No Paraná, o preço médio da carne resfriada de março foi de R$ 3,64/kg, queda de 2,7% em relação a fevereiro e de 6,9% frente a março/17.
FRANGO VIVO – Para o frango vivo, em São Paulo, o animal registrou média de R$ 2,35/kg em março, a menor, em termos reais, desde fevereiro de 2012, com queda de 4,8% frente ao mês anterior e de 15% em relação à média de março/17.
MERCADO EXTERNO – Após forte mudança no ritmo dos embarques em meados de março, as exportações de carne de frango in natura atingiram 350,4 mil toneladas no mês, 21,3% acima do volume de fevereiro/18 e 2,1% superior ao de março de 2017, segundo dados da Secex. Esse resultado animou o setor, que vinha registrando desempenho abaixo do esperado. Com os embarques de março, o setor arrecadou receita de US$ 535,41 milhões, montante 19,6% maior que o de fevereiro, mas 6,2% inferior à de março/17.
RELAÇÃO DE TROCA – As valorizações do milho e do farelo de soja e a queda nos preços do frango vivo reduziram o poder de compra de avicultores em março. No interior de São Paulo, a saca de 60 kg de milho e o farelo de soja se valorizaram 19,5% e 8,5%, respectivamente, de fevereiro para março, diminuindo o poder de compra do produtor em19,2% frente ao cereal e em 11,4% em relação ao derivado da oleaginosa. Com isso, em março, com a venda de um quilo de frango, foi possível adquirir 3,49 quilos de milho ou 1,94 quilo de farelo de soja.