Apesar do retorno das aulas e do período de início de mês, quando a demanda costuma aumentar, os preços do frango recuaram em muitas praças acompanhadas pelo Cepea, registrando apenas ligeiras altas pontuais em algumas delas. A desvalorização da carne de frango, por sua vez, tem elevado a competitividade desta proteína frente à substituta bovina, que tem registrado valorizações. Já em relação à suína, não houve ganho de competitividade, visto que os valores desta carne têm caído com mais força do que os de frango. Na média parcial de agosto (até o dia 9), o frango inteiro resfriado teve média de R$ 3,62/kg na Grande São Paulo, 1,9% menor que a do mesmo período de julho.
OVOS: APÓS CINCO MESES EM QUEDA, EXPORTAÇÕES REAGEM EM JULHO
Depois de recuarem por cinco meses consecutivos, as exportações brasileiras de ovos in naturaaumentaram em julho, atingindo os maiores volume e receita em dólar desde fevereiro de 2018. Conforme dados da Secex, o Brasil exportou 487,7 toneladas do produto no mês passado, quantidade 165,35% maior que a embarcada em junho (183,8 t). Segundo pesquisadores do Cepea, além do volume, o câmbio também contribuiu para elevar a receita do setor. Em julho, o dólar teve média de R$ 3,83, a maior desde fevereiro de 2016. Assim, o montante obtido com os embarques aumentou significativamente no mês passado, somando R$ 1,920 milhão – contra R$ 727,42 mil em junho. Nesse cenário, as exportações de ovos in natura em 2018, que somavam 3.755 toneladas até julho, já superam em 40,1% as do mesmo período de 2017, mas permanecem bem abaixo dos embarques do mesmo período de 2016, de 6.738 mil t.
CITROS: OFERTA RESTRITA DE LARANJAS DE QUALIDADE SUSTENTA COTAÇÕES
O clima frio e chuvoso dos últimos dias limitou as vendas de citros no mercado de mesa paulista, segundo colaboradores do Cepea. Contudo, a oferta restrita de frutas com boa qualidade tem sustentado os preços da laranja. Alguns produtores, inclusive, interromperam a colheita devido à chuva, reduzindo ainda mais a disponibilidade. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a variedade pera teve preço médio de R$ 27,73/cx de 40,8 kg, na árvore, praticamente estável (-0,6%) frente ao da semana anterior. Já para a laranja baía, cuja oferta tem diminuído, a média foi de R$ 41,14/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 10% no mesmo comparativo. Para a lima ácida tahiti, chuvas nas principais regiões produtoras interromperam a colheita da fruta, elevando os preços. Por outro lado, as precipitações devem favorecer o crescimento da tahiti proveniente de novas floradas – com colheita prevista para o fim de setembro. A média de comercialização da variedade na parcial desta semana foi de R$ 37,43/cx de 27 kg, colhida, aumento de 6% frente à da anterior.