Neste início de mês, de acordo com dados do Cepea, o preço da carne de frango seguiu em baixa, especialmente no Sul do País, região que depende mais das exportações para escoar sua produção. Os embarques totais de carne de frango in natura recuaram em abril, apesar de a média diária no mês ter superado em 8,7% a de março. Segundo colaboradores do Cepea, um dos fatores que pode ter limitado as vendas externas é a dificuldade logística, tanto em território nacional quanto nos países compradores, devido a medidas de restrições de circulação, dada a pandemia de coronavírus. De acordo com dados divulgados pela Secex, nos 20 dias úteis de abril, o Brasil exportou 320,8 mil toneladas de carne de frango in natura, volume 1,2% menor que o registrado em março e 3,9% abaixo do resultado do mesmo mês de 2019.
CITROS: COTAÇÕES DA LARANJA SEGUEM EM BAIXA; PREÇO DA TAHITI ESTÁ FIRME
Os preços da laranja continuam em queda no mercado de mesa em São Paulo, influenciados pela maior oferta de precoces e pela absorção ainda limitada das indústrias. Segundo colaboradores do Cepea, não há expectativa de grandes mudanças de cenário no decorrer deste mês, principalmente considerando-se uma possível queda da demanda, com a chegada de dias mais frios (período em que as vendas de cítricos geralmente se desaquecem). Na parcial da semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera registrou média de R$ 26,38/caixa de 40,8 kg, na árvore, recuo de 9% em relação à anterior. Em relação à lima ácida tahiti, a retomada das exportações continua favorecendo os preços, que estão firmes nas roças. Na parcial da semana, a tahiti foi comercializada a R$ 24,80/cx de 27 kg, colhida, alta de 54,8% no mesmo comparativo.
CENOURA: HF'S FORA DO PADRÃO SÃO DEIXADOS ?DE LADO? NA QUARENTENA
Em meio à quarentena, devido à pandemia do coronavírus, a comercialização de hortifrútis fora dos padrões estéticos exigidos pelo mercado (seja em termos de calibre, coloração ou deformação) está sendo ainda mais dificultada. De acordo com pesquisadores do Hortifruti/Cepea, estes produtos perdem valor comercial, já que os consumidores ainda têm certa relutância em adquiri-los, resultando em descarte e, consequentemente, em desperdício de alimentos. Os HF's com problemas estéticos eram, até então, escoados para mercados institucionais (como merenda escolar) e food service, que estão paralisados ou com a capacidade bastante reduzida desde que as medidas de isolamento social se instalaram no Brasil. Neste cenário, produtores temem que as perdas se elevem ainda mais, já que o único canal de escoamento tem sido o varejo tradicional, em que a demanda já não era positiva. Para os produtos acompanhados pelo Hortifruti/Cepea, o escoamento para alguns calibres e padrões está limitado desde o início da pandemia, principalmente para cenoura, batata, maçã e tomate. Especificamente para a cenoura, os tipos A (fino) e G (grande) têm sido os mais prejudicados nas vendas, já que eram escoados principalmente para os mercados impactados pela paralisação. Os preços destes calibres, inclusive, estão bastante inferiores aos da cenoura de "melhor padrão".