Um início de ajuste entre oferta e demanda tem sustentado as cotações do frango vivo e da carne em muitas regiões acompanhadas pelo Cepea. Vale lembrar que o movimento de queda foi iniciado em dezembro de 2017 e, portanto, essa elevação atual é uma recuperação. Com as desvalorizações seguidas do animal vivo, produtores reduziram o ritmo do alojamento, com o objetivo de diminuir a disponibilidade do frango. Além disso, neste início de mês, as vendas da carne estão aquecidas, favorecidas pelo recebimento dos salários.
OVOS: MAIOR OFERTA E MENOR CONSUMO PRESSIONAM COTAÇÕES
Após a União Europeia descredenciar 20 unidades frigoríficas brasileiras autorizadas a exportar carne de frango para os países do bloco, as empresas embargadas vêm tentando reprogramar a produção de cortes e processados, afetando a avicultura de postura. Com a interrupção do abate em muitas indústrias, de acordo com informações do Cepea, os ovos férteis que seriam alocados à produção de pintainhos de corte têm sido ofertados no mercado de ovos comerciais, aumentando a disponibilidade do produto e pressionando as cotações. Conforme colaboradores do Cepea, esse cenário vem sendo agravado pelo menor consumo de ovos, visto que os preços das carnes suína e de frango também estão em baixos patamares no Brasil, elevando a concorrência entre as proteínas.
CITROS: INÍCIO DE MÊS FAVORECE DEMANDA E PREÇOS SOBEM
As vendas de laranja de mesa registraram ligeira reação nos últimos dias, conforme apontam pesquisadores do Cepea. Segundo produtores, o período de início do mês pode ter favorecido a demanda por cítricos. Assim, a média da pera na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira) é de R$ 26,67/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 1,1% frente à anterior. Quanto à safra 2018/19, o Fundecitrus divulgou, nessa quarta-feira, 9, que o cinturão citrícola (estado de São Paulo e Triângulo Mineiro) deve colher apenas 288,29 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja, surpreendente recuo de 27,6% frente à temporada anterior.