As cotações da carne de frango congelada e resfriada no atacado da Grande São Paulo estão em queda, conforme indicam dados do Cepea. Esse movimento está atrelado à baixa liquidez no mercado doméstico, que tem levado ao acúmulo de estoques nos frigoríficos. Nas regiões que se destacam pelas exportações, o baixo ritmo de embarques no correr de agosto também tem pressionado os valores. Conforme dados da Secex, a média diária de embarques nos primeiros 12 dias úteis deste mês foi de 14,06 mil toneladas, 9% abaixo daquela de julho e a segunda menor deste ano, superando apenas a registrada em janeiro (11,85 mil toneladas). Caso esse ritmo se mantenha até o final do mês (22 dias úteis), o Brasil exportará 309,4 mil toneladas da proteína, queda de 13% em relação ao volume embarcado em julho.
CITROS: PREÇOS SEGUEM FIRMES, MESMO COM DEMANDA DESAQUECIDA
As cotações da laranja pera estão firmes, mesmo com a demanda desaquecida, segundo dados do Cepea. Isso porque, além da intensificação da moagem da variedade de meia-estação nas processadoras paulistas, a oferta nas roças tem sido comprometida pelo clima seco, resultando em frutas de menor calibre. Assim, as de maior qualidade estão valorizadas, sendo a pera negociada a R$ 18,21/cx de 40,8 kg, em média, na árvore, na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), aumento de 1% frente à anterior. No caso da lima ácida tahiti, o escoamento da fruta esteve comprometido pelo clima ameno em São Paulo e pelos valores firmes da variedade – tornando-a menos atrativa ao consumidor brasileiro e ao mercado exportador. A média parcial de comercialização da tahiti, de R$ 27,89/cx de 27 kg, colhida, foi 6,2% inferior em comparação com a da semana passada.
UVA: MESMO COM CLIMA FRIO, DESENVOLVIMENTO EM MARIALVA É FAVORÁVEL
As podas de produção da safra de final de ano 2019/20 em Marialva (PR) estão ocorrendo conforme o planejado, ainda que a região tenha sido afetada por adversidades climáticas. De forma geral, segundo informações do Hortifrúti/Cepea, os trabalhos de campo se iniciaram em junho – e, diante do frio do mês passado, as perdas foram numerosas e têm grande relevância sobre o volume total que será ofertado na próxima temporada. Mesmo com esse cenário, viticultores da região acreditam que o início da temporada está confirmado para novembro. Já o término está previsto para a primeira quinzena de janeiro de 2020, caso o clima seja estável. As videiras que precisaram ser repodadas anteriormente estão em brotação e a colheita desses lotes é prevista para dezembro. Estimativas concretas quanto à produtividade devem ser feitas no final deste mês, quando produtores farão um mapeamento dos danos pós-desenvolvimento.