O aumento no poder de compra da população, devido à entrada dos salários, não foi suficiente para aumentar a demanda pela carne de frango na segunda semana de agosto, de acordo com levantamento do Cepea. Com isso, entre 9 e 16 de agosto, os preços da carne caíram na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Quanto às exportações de carne de frango, foram recorde em julho, sendo exportadas 451 mil toneladas de carne in natura e industrializada, quase o dobro do volume de junho/18 e 20,1% acima do de julho/17, segundo dados da Secex. O setor exportador contou com maior participação de destinos secundários como a África do Sul, uma vez que a relação comercial com a Arábia Saudita, maior parceira no comércio da proteína brasileira, tem sido complicada pelas novas exigências de abate halal por parte dos compradores – a Arábia Saudita saiu da posição de maior destino da carne de frango brasileira para a 5ª colocação, sendo passada por Japão, China, África do Sul e Emirados Árabes Unidos.
OVOS: COM MENOR PROCURA, COTAÇÕES RECUAM
Agentes consultados pelo Cepea relatam que a procura por ovos diminuiu nesta segunda quinzena do mês, cenário típico para o período, devido ao menor poder de compra do consumidor. Ao mesmo tempo, alguns granjeiros consultados pelo Cepea começaram a descartar poedeiras, com o objetivo de controlar a oferta da proteína no mercado. Entre 9 e 16 de agosto, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos tipo extra, negociada em Bastos, teve desvalorização de 1,7%, a R$ 69,64 nessa quinta-feira, 16. Para os ovos vermelhos, os preços recuaram 2,3% no período, fechando a R$ 78,55/cx no dia 16.
CITROS: APESAR DA FRACA DEMANDA, PREÇOS DA LARANJA PERA SEGUEM EM ALTA
Mesmo com a demanda desaquecida, os preços da laranja pera permanecem elevados. Isso porque, com a intensificação da moagem da variedade de meia-estação nas processadoras paulistas e com a baixa oferta de frutas com boa qualidade nas roças, a disponibilidade no spot está limitada. Assim, a média da pera, na parcial desta semana (de 13 a 16 de agosto), é de R$ 29,48/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 5,8% frente à anterior. No caso da lima ácida tahiti, as chuvas da semana passada favoreceram o crescimento das frutas nos pés, aumentando a oferta. Contudo, com a procura reduzida, tanto no mercado interno quanto no externo, as cotações recuaram. Nesta semana, a média de comercialização desta fruta é de R$ 35,06/cx de 27 kg, colhida, queda de 6% em relação à semana passada.