Dos cortes ao frango vivo, os preços da avicultura de corte apresentaram altas consecutivas no mercado doméstico em julho, impulsionados pelas vendas internas aquecidas. Diante da sequência de valorizações, as cotações do setor operaram em patamares recordes nominais. O frango vivo apresenta valorizações consecutivas desde fevereiro, sustentado pelo alto custo de produção e pela boa liquidez da carne. Na média de julho, considerando-se as regiões de São Paulo, o animal vivo foi comercializado a R$ 5,76/kg, alta de 6,2% em relação ao mês anterior e o maior valor nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2004.
No mercado da carne, a competitividade elevada do produto na comparação com as substitutas bovina e suína e o repasse das valorizações do animal mantiveram os preços da proteína firmes. Assim, no caso do frango inteiro, os valores atingiram recorde na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Em Toledo (PR), o inteiro resfriado foi negociado a R$ 7,80/kg em julho, avanço de 4,8% no comparativo mensal e o maior patamar nominal da série histórica, iniciada em 2004. No atacado da Grande São Paulo, o mesmo produto atingiu média de R$ 7,37/kg em julho, que, além de recorde nominal, ficou 5,8% acima da de junho. Já no mercado de cortes e miúdos, as elevações mais intensas foram registradas para os produtos mais voltados ao mercado interno, como filé, peito e coxa com sobrecoxa. No atacado da Grande São Paulo, o peito com osso resfriado se valorizou 9,3% de junho a julho, com média mensal de R$ 8,74/kg, também um recorde nominal.