O preço do frango vivo registrou média de R$ 2,18/kg em abril, queda de 3% em relação ao mês anterior – os valores do vivo estão recuando desde dezembro/17, de acordo com pesquisas do Cepea. Isso se deve à pressão na ponta final, por causa do fraco consumo e da elevada oferta de carne, que fizeram com que frigoríficos diminuíssem seus abates, na tentativa de controlar a oferta da proteína. Desta maneira, as consecutivas quedas na cotação do frango vivo no mês passado diminuíram significativamente o poder de compra do avicultor frente aos principais insumos utilizados na cadeia (milho e farelo de soja). A relação de troca do animal vivo pelo milho é a mais desfavorável ao avicultor do estado de São Paulo desde maio/16. Para o farelo de soja, a situação é ainda pior, sendo o poder de compra do produtor o mais baixo desde agosto/12.
OVOS: PRIMEIRO TRIMESTRE FECHA EM ALTA, MAS MERCADO RECUA EM ABRIL
Apesar das baixas cotações registradas em janeiro, o primeiro trimestre do ano fechou em alta, devido, principalmente, ao período de Quaresma. Já em abril, os preços dos ovos brancos e vermelhos, retirados em Bastos (SP), caíram significativamente, segundo pesquisas do Cepea. Para os ovos brancos, a baixa foi de 5,8% frente ao mês anterior e para os vermelhos, de 11,5%, no mesmo comparativo. Porém, após esse período, o consumo se desaqueceu no final de março, cenário que pressionou as cotações. Vale ressaltar que o bloqueio recente de exportações de carne de frango à União Europeia fez com que um maior número de ovos férteis fosse colocado no mercado de postura comercial, aumentando a oferta de ovos in natura e, consequentemente, limitando ainda mais as negociações de ovos.
CITROS: PREÇOS DA TAHITI SOBEM COM FORÇA NOS ÚLTIMOS DIAS
As cotações da lima ácida tahiti dispararam nas roças nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, a fruta chegou a ser negociada a até R$ 50,00/cx de 27 kg, colhida, devido à disponibilidade restrita e à dificuldade de compradores em encontrar tahiti com boa qualidade no mercado in natura. Assim, na parcial desta semana, a tahiti registra média de R$ 32,87/cx de 27 kg, colhida, alta de 67% frente ao período anterior. Em abril, a fruta teve média de R$ 18,61/cx de 27 kg, colhida, elevação de 34,2% em relação a março e de 24,5% no comparativo com abril/17, em termos nominais. Com a menor oferta neste mês, agentes temem que haja concentração da colheita da tahiti em maio, o que poderia pressionar os valores, justamente num período em que os preços costumar subir.
CEBOLA: COTAÇÕES SOBEM DE FORMA EXPRESSIVA EM TODAS AS REGIÕES PRODUTORAS
Os preços da cebola aumentaram expressivamente em todas as regiões produtoras acompanhadas pelo Cepea, devido ao baixo volume nacional ocasionado pela finalização da safra no Sul, que coincidiu com a pouca produtividade do início da safra do Nordeste. Além disso, as cebolas provenientes da Argentina ainda não são suficientes para atender à demanda do mercado brasileiro, visto que a área plantada no país vizinho em 2018 foi menor, devido à sobra de mercadoria na safra passada. A média dos preços na fronteira de Porto Xavier (RS) ficou em R$ 71,50/sc de 20 kg da caixa 3 beneficiada na semana passada, alta de 30% frente à semana anterior. A expectativa dos cebolicultores é que a hortaliça, tanto argentina quanto nacional, se valorize ainda mais nas próximas semanas.