Em junho, os preços da carne de frango resfriada (considerando-se a média parcial, até o dia 28) subiram fortes 27,9% frente ao mês anterior, segundo dados do Cepea. Esse aumento é maior do que o observado para as principais carnes concorrentes, bovina e suína, que se valorizaram 4,5% (carcaça casada bovina – Grande São Paulo) e 20,8% (carcaça especial suína – Grande SP), respectivamente. Segundo pesquisadores do Cepea, as cotações das principais proteínas de origem animal, que, ao longo de 2018, vinham apresentando reduções sucessivas, registraram certa recuperação em junho. Esse aumento, dentre outros fatores, é um dos reflexos da normalização das atividades, após a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no final de maio.
OVOS: PREÇOS ENCERRAM JUNHO EM QUEDA, MAS MÉDIA MENSAL É A MAIOR DESDE AGO/17
As cotações dos ovos estão em queda neste final de junho em todas as regiões produtoras acompanhadas pelo Cepea, refletindo a menor demanda pela proteína. Mesmo assim, a média mensal subiu frente à do mês anterior, sendo a maior, em termos nominais, desde agosto de 2017. Na parcial de junho (até o dia 28), o preço da caixa com 30 dúzias do ovo branco tipo extra teve média de R$ 85,89 na região de Bastos (SP), 24% acima da de maio. Em termos nominais, essa é a maior média mensal desde agosto de 2017, quando foi de R$ 86,99/cx.
CITROS: TEMPORADA DE PONCÃ ESTÁ PERTO DO FINAL
A safra de tangerina poncã está se aproximando do final no estado de São Paulo, com apenas algumas lavouras que ainda têm volumes para serem colhidos no começo do mês que vem. Como esperado por agentes consultados pelo Cepea, a safra de poncã paulista foi menor em 2018, em volume. Enquanto em 2017 a oferta da variedade se prolongou por sete meses, neste ano, a disponibilidade já está reduzida neste quarto mês de produção – sendo que o período de pico ocorreu entre abril e maio. No entanto, vale lembrar que o volume da variedade se reduziu no final de maio, já que alguns produtores paulistas registraram perdas da fruta durante a paralisação dos caminhoneiros, devido ao período prolongado de permanência nos caminhões e à maior sensibilidade da variedade (que já estava mais madura em relação à laranja).