Dentre os desafios enfrentados pelo setor de avicultura de corte no correr de 2018 esteve a alta nos preços dos insumos da alimentação (milho e farelo de soja), que resultou em diminuição no poder de compra do produtor de frango vivo, uma vez que os valores do animal não subiram na mesma intensidade. De acordo com pesquisas do Cepea, neste início de 2019, o cenário não é diferente. As recentes baixas nos preços do animal vivo estão atreladas à demanda enfraquecida por carne, tendo em vista que, na época das festas de final de ano, a procura acaba sendo mais aquecida para outras proteínas, como a bovina e suína. Com isso, a liquidez no mercado de cortes de frango esteve fraca, conforme analisam pesquisadores do Cepea, limitando a demanda de frigoríficos por novos lotes de animais vivos.
OVOS: PREÇOS INICIAM 2019 EM QUEDA
Os preços dos ovos iniciaram 2019 em queda, devido à maior oferta do produto, típica de início de ano e também decorrente do crescimento da produção, e à menor demanda nesta época, por causa das férias escolares. Segundo colaboradores do Cepea, com o maior volume disponível, produtores estão concedendo descontos para a efetivação dos negócios. Assim, os preços praticados na parcial de janeiro estão aquém dos observados em dezembro/18 e em janeiro/18. Neste mês (até o dia 10), o ovo branco, tipo extra, foi negociado, em média, a R$ 46,65 por caixa de 30 dúzias a retirar em Bastos (SP), desvalorização de expressivos 28% frente a dezembro/18 e de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, em termos nominais. Na mesma região, para o produto vermelho, tipo extra, o recuo foi um pouco menos intenso, mas também significativo, com queda de 22% frente a dezembro/18 e negócios a R$ 57,15/cx.
CITROS: COLHEITA DE TAHITI GANHA FORÇA NO ESTADO DE SP
A colheita de lima ácida tahiti está ganhando força no estado de São Paulo, cenário que pode pressionar os valores da fruta neste início de ano. Segundo colaboradores do Cepea, a disponibilidade da tahiti vinha crescendo no mercado paulista desde meados de dezembro e pode atingir o pico na segunda quinzena de janeiro. As atividades de campo devem seguir firmes em fevereiro, perdendo força em março. No mercado da fruta in natura, apesar da elevação da oferta, as vendas da lima ácida tahiti estão firmes nesta semana. Colaboradores do Cepea afirmam que a demanda mais aquecida por parte da indústria tem feito com que agentes desse setor busquem a fruta no mercado de mesa, o que tem impulsionando os valores da variedade em São Paulo. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da lima ácida tahiti é de RS 18,60/cx de 27 kg, colhida, alta de 1,7% em relação à anterior. Para a laranja de mesa, o cenário também é de valorização, com os preços subindo devido à menor oferta.