Os preços do frango vivo seguem em alta neste mês de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso aos valores vem das vendas aquecidas de carne aos mercados interno e externo e também da oferta mais controlada. Já os principais insumos da atividade avícola, o milho e o farelo de soja, vêm registrando desvalorizações neste mês. Diante disso, dados do Cepea mostram que o poder de compra de avicultores paulistas frente a esses importantes insumos da alimentação registra melhora pelo terceiro mês consecutivo. No caso do milho, apesar dessa recuperação nos últimos meses, o poder de compra de junho ainda está bem abaixo do de junho de 2020. No caso do farelo de soja, trata-se do momento mais favorável ao avicultor em 16 meses.
CITROS: BAIXA OFERTA INTERNA MANTÉM TAHITI EM VALORIZAÇÃO
A menor disponibilidade interna de lima ácida tahiti e o alto volume da fruta exportado neste mês (e a preços mais elevados) seguem impulsionando os valores da variedade no mercado doméstico. Contudo, segundo pesquisadores do Cepea, a demanda em São Paulo recuou, principalmente em decorrência do clima mais frio no estado. Na parcial desta semana, a tahiti é negociada na média de R$ 22,90/cx de 27 kg, colhida, aumento de 19% em relação à da semana passada. Quanto à laranja pera, a média da parcial desta semana é de R$ 31,60/caixa de 40,8 kg, na árvore, queda de 1,4% em relação à do período anterior.
IPPA: ALTA DE IPPA SE DESACELERA EM MAIO
De abril para maio, o IPPA/CEPEA (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) registrou alta de 0,9%, em termos nominais, desacelerando o forte movimento que vinha sendo verificado nos meses anteriores. O resultado do índice geral reflete as variações positivas registradas no IPPA-Grãos, que aumentou 1,2%, e no IPPA-Cana-Café, que subiu 3,9%. Por outro lado, na mesma comparação, o IPPA-Hortifrutícolas recuou 8,3% e o IPPA-Pecuária ficou praticamente estável, com ligeiro avanço de 0,1%. Segundo pesquisadores do Cepea, o desempenho do índice de grãos reflete a variação positiva dos preços nominais do milho, do trigo e do algodão; por outro lado, o índice foi pressionado pela desvalorização do arroz. Para a pecuária, o índice foi influenciado pelos desempenhos dos preços do frango vivo e do leite; no caso do suíno vivo, após quatro meses de quedas consecutivas, tiveram alta modesta em maio, ao passo que o boi gordo se desvalorizou. As altas nominais observadas para os preços do café e da cana-de-açúcar respondem pelo avanço do índice composto por ambos os produtos. Já para os hortifrutícolas, a queda do índice se deve às baixas importantes, em termos nominais, dos preços da uva e da banana e, em menor intensidade, do tomate. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, teve alta de 3,4% – logo, de abril para maio, os preços agropecuários se desvalorizaram frente aos industriais da economia.