A alta nas cotações dos dois principais insumos do setor, milho e farelo de soja, e a estabilidade nos preços do frango vivo têm reduzido o poder de compra da avicultura pelo segundo mês consecutivo, conforme apontam pesquisas do Cepea. O destaque é para a relação frente ao milho, uma vez que o preço do cereal já subiu mais de 10% neste mês e atingiu o maior patamar de 2019. Os preços do frango vivo vêm se mantendo elevados desde julho, dado o equilíbrio entre a oferta reduzida de animais e a procura controlada por parte dos frigoríficos. No mercado de milho, as demandas interna e externa aquecidas aliadas à retração de vendedores mantêm os preços em alta. Quanto ao mercado da semana, apesar do período de final de mês, os valores da carne de frango reagiram nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, a melhora na competitividade da proteína frente às carnes substitutas, suína e bovina, tem aumentado a liquidez e aquecido as vendas.
CITROS: TEMPERATURAS ELEVADAS ACELERAM ESCOAMENTO NA SEMANA
Com as altas temperaturas, o mercado de laranja in natura registrou bom escoamento nesta semana, ainda que abaixo das anteriores, devido ao período de final de mês. Assim, o preço da pera segue firme no mercado de mesa paulista, motivado pela baixa oferta de frutas com qualidade e de maior calibre. De acordo com levantamento do Cepea, nesta semana, a pera teve média de R$ 26,36/cx com 40,8 kg, na árvore, elevação de 3,9% em comparação com a semana passada. No caso da lima ácida tahiti, o clima pouco favorável – com baixo volume pluviométrico – segue influenciando a grande oferta de miúdas. Dessa forma, pesquisas do Cepea apontam que os preços tiveram, novamente, forte oscilação, mas ainda são sustentados pelas maiores cotações das frutas com qualidade. Na semana, a tahiti teve média de R$ 97,27/cx com 27 kg, colhida, alta de 14,2% em relação ao período anterior. De acordo com citricultores consultados pelo Cepea, esse cenário deve se manter assim até que as precipitações sejam regularizadas e a entrada de frutas graúdas no mercado volte a se elevar.