O movimento de alta nos preços dos produtos avícolas (pintainho, frango vivo, carnes e cortes) se intensificou em abril. No caso do animal vivo, os valores médios mensais foram os maiores desde dezembro de 2015, em termos reais (as cotações foram deflacionadas pelo IGP-DI de março/19).
Em abril, o preço médio do frango vivo negociado na Grande São Paulo esteve em R$ 3,45/kg, alta de 10,2% frente ao de março/19 e de expressivos 48% no comparativo com abril/18, em termos reais. Trata-se ainda, do maior patamar desde dezembro/15, quando a média real do animal vivo foi de R$ 3,55/kg.
O aumento nos preços do frango se deve à demanda aquecida, especialmente por parte do mercado internacional. Neste caso, verifica-se aumento da demanda chinesa pela proteína avícola, em decorrência dos casos de Peste Suína Africana (PSA), que reduz a oferta local de carne suína e eleva a necessidade de aquisição de proteínas alternativas para o abastecimento do seu mercado interno.
CARNES – Em abril, o frango inteiro congelado foi comercializado na média de R$ 4,68/kg no atacado da Grande São Paulo, elevação de 5,1% em relação ao mês anterior e de 52,7% sobre o preço real médio de abril/18, de R$ 3,07/kg, em termos reais (IPCA). Para o frango resfriado, na mesma comparação, as valorizações foram de 4,8% e 55,2%, com o produto negociado, em média, a R$ 4,69/kg em abril.
CORTES – Na Grande São Paulo, todos os cortes acompanhados pelo Cepea se valorizaram, exceto aqueles que são menos demandados para exportação. Dentre os produtos congelados, as altas de preços mais significativas de março para abril foram registradas para a coxa/antecoxa e filé, de 9,5% e 6,9%, respectivamente. O primeiro foi negociado na média de R$ 4,95/kg e o segundo, de R$ 8,61/kg.