Os preços do pintainho de corte neste segundo semestre estão se mantendo em patamares superiores aos verificados na primeira metade do ano, devido, principalmente, à redução da produção. Segundo dados da Apinco (Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte), de janeiro a agosto deste ano, foram produzidas cerca de 4 bilhões de cabeças de pintainhos, 3,5% a menos que no mesmo período de 2017 (4,15 bilhões de cabeças). Segundo pesquisadores do Cepea, além das estratégias traçadas pelo setor, a menor produção de pintainhos em 2018 também pode estar associada ao crescimento das exportações brasileiras de ovos férteis. Dados da Secex mostram que, de janeiro a agosto de 2018, foram embarcadas 10 mil toneladas de ovos férteis, contra 7,6 mil toneladas no mesmo período do ano anterior, alta de expressivos 32%. A menor produção de animais, por sua vez, tem resultado em alta nas cotações dos pintainhos. No estado de São Paulo, uma unidade de pintainho de corte foi comercializada na média de R$ 0,94 entre janeiro e agosto do ano passado, em termos nominais. Já em 2018, a média foi de R$ 1,03/unidade no mesmo intervalo, o que equivale a uma elevação de 10%.
OVOS: PREÇOS INICIAM SEGUNDA QUINZENA EM FORTE QUEDA
As cotações dos ovos continuam recuando, ainda pressionadas pela demanda enfraquecida e pelo aumento da oferta, principalmente do branco tipo extra. De acordo com colaboradores do Cepea, além dos descartes de poedeiras, esse cenário também tem levado muitos produtores a trabalhar abaixo da capacidade produtiva, com o objetivo de reduzir a sobreoferta de ovos no mercado – a apreensão do setor é de que a típica retração da procura em final de mês reforce ainda mais a pressão sobre as cotações da proteína. Na parcial de outubro (até o dia 18) o preço médio do ovo branco tipo extra colocado na Grande São Paulo registra queda de 7% em relação ao do mês anterior, com a caixa de 30 dúzias negociada na média de R$ 66,55. Para retirada em Bastos (SP), o valor do produto caiu 7% na mesma comparação, para R$ 61,43/cx.
CITROS: DISPONIBILIDADE DE TARDIAS AUMENTA EM SP
A oferta de laranjas tardias da safra 18/19 tem aumentado no estado de São Paulo. A valência tem sido comercializada desde meados de agosto e a colheita de natal começou em setembro. Conforme colaboradores do Cepea, a moagem de laranja na indústria segue a pleno vapor. E enquanto o recebimento das precoces está praticamente encerrado, as frutas tardias já vêm sendo absorvidas desde agosto, especialmente devido à baixa disponibilidade da pera neste ano, em decorrência do clima. A expectativa é de que o recebimento das tardias se intensifique nesta segunda quinzena de outubro, com aumento da participação da natal. Os envios à indústria têm sido maiores somente para as frutas no estágio de maturação demandado pelo segmento. Em relação aos preços spot da fruta na indústria, seguem sem alteração. Nas grandes processadoras, as laranjas são negociadas a até R$ 24,00/cx de 40,8 kg, colhida e posta na indústria, tanto para a pera quanto para as tardias.