Mesmo com os recuos nos preços nos últimos dias de setembro, os altos patamares de negociação da carne de frango nas primeiras semanas do mês garantiram que as médias atingissem recordes reais da série histórica do Cepea, iniciada em 2004, em todas as regiões acompanhadas (os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto/21). O impulso aos preços veio do bom ritmo das vendas internas e externa da carne ao longo de setembro. No período de final de mês, diante do típico enfraquecimento no poder de compra da maior parte da população, agentes acabaram flexibilizando os valores de venda da proteína, no intuito de garantir a boa saída da carne e evitar aumentos nos estoques.
Para o frango inteiro, tanto congelado quanto resfriado, os preços na média de setembro atingiram recordes reais em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em Toledo (PR), o produto congelado registrou média de R$ 8,90/kg no mês, alta de 5,8% frente à de agosto. Para o resfriado, a valorização foi de 5,7% no mesmo período, com o produto negociado à média de R$ 9,06/kg em setembro. No atacado da Grande São Paulo, o inteiro congelado apresentou média de R$ 8,21/kg em setembro, alta mensal de 3,3%, e o resfriado, de R$ 8,23/kg, elevação de 3,2%.
Dentre os cortes e miúdos acompanhados pelo Cepea na região da capital paulista, apenas a asa e o coração não renovaram os recordes reais. O filé de peito, um dos produtos mais valorizados nos últimos meses, chegou a R$ 14,23/kg na média de setembro, alta de 2,4% frente à de agosto. Para o peito, o avanço no preço foi de 2,9% de agosto para setembro, passando para R$ 10,50/kg. Apesar desse cenário de alta nos valores da carne, os preços do frango vivo não tiveram alteração em setembro, após sete meses consecutivos de altas. Na média das regiões do estado de São Paulo, o frango foi comercializado à média de R$ 5,94/kg em setembro, estável frente ao mês anterior.