A intensa desvalorização da carne de frango em agosto no atacado da Grande São Paulo pressionou as cotações médias do inteiro congelado e do resfriado para o menor patamar em 11 anos, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 2004 para ambos. Para o produto congelado, a média do mês foi de R$ 3,36/kg, e para o resfriado, de R$ 3,39/kg. Esses patamares só estão acima dos observados em julho e em agosto de 2006, de R$ 3,17/kg e de R$ 3,38/kg, respectivamente (valores deflacionados pelo IPCA de julho/17). Segundo pesquisadores do Cepea, as quedas podem estar atreladas também ao aumento da oferta de frango, que não tem sido absorvida pelo consumidor. Segundo dados da Apinco, em junho de 2017, foram alojados 101,6 milhões de pintos de corte na região Sudeste, patamar mais alto do ano, até o momento.
OVOS: PREÇO MÉDIO DO OVO BRANCO É MENOR QUE HÁ UM ANO
A média mensal do ovo tipo extra, branco, encerrou agosto menor que a do mesmo período do ano passado. Esse cenário está atrelado à alta oferta e à demanda bastante enfraquecida neste período, que, segundo agentes do setor consultados pelo Cepea, é caracterizado por estoques elevados e pelo início do aumento da produção, devido ao avanço das temperaturas com a aproximação da primavera. Em agosto/17, a média do produto colocado na Grande São Paulo foi de R$ 92,76 por caixa com 30 dúzias, 1,5% menor que a média registrada em agosto de 2016. Já os preços do ovo tipo extra, vermelho, tiveram médias superiores às do mesmo período do ano passado, apesar dos recentes recuos. Neste mês, a média da caixa com 30 dúzias do produto na praça paulista foi de R$ 100,41, patamar 4,6% maior que no mesmo mês de 2016.
CITROS: BAIXA DEMANDA REDUZ LIQUIDEZ E PRESSIONA VALORES DA PERA
A liquidez segue baixa no mercado de laranja pera, refletindo a menor demanda, típica em final de mês. Nesse cenário, as cotações da variedade recuaram nesta semana. Entre 28 e 31 de agosto, a pera teve média de R$ 16,11/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 1,7% frente ao período anterior. Quanto à lima ácida tahiti, as cotações também estão em queda. Segundo colaboradores do Cepea, embora produtores estejam reduzindo a colheita (para evitar desvalorizações mais bruscas), a baixa demanda dos mercados doméstico e externo continua dificultando o escoamento da fruta. Assim, a média de comercialização da tahiti, na parcial desta semana foi de R$ 32,66/cx de 27 kg, colhida, recuo de 13,9% frente ao período anterior.